A Secretaria Municipal de Saúde recebeu 5 mil Milds (Mosquiteiros Impregnados com Inseticida de Longa Duração)
O Governo do Estado, por meio da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) está trabalhando para reduzir o número de casos de malária. O foco principal são os municípios que apresentam os maiores índices de casos registrados. Em uma parceria com o MS (Ministério da Saúde), o Estado recebeu 15 mil Milds (Mosquiteiros Impregnados com Inseticidas de Longa Duração).
Os municípios com maior número de casos da doença são Rorainópolis, Caracaraí e Cantá. Este último, recebeu na nesta sexta-feira, 1º, da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), 5 mil mosquiteiros. Destes, 4.100 são para camas e 900 para redes, além de 1.680 calendários que auxiliam no controle de cuidados com os mosqueteiros, que têm a duração de 4 anos, porém devem ser lavados corretamente dentro do período estipulado.
De acordo com o gerente de endemias do Cantá, José de Ribamar Alves, na próxima semana será iniciada a instalação dos mosqueteiros. “É um trabalho sério. Vamos nas 14 áreas de maior risco para instalar e sensibilizar a população sobre a importância da utilização e da lavagem dos mosquiteiros”, explicou.
CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO – Um estudo divulgado em janeiro deste ano mostrou que os municípios prioritários identificaram as localidades onde se concentra 80% dos casos malária. A partir dessa identificação foi construído um cronograma de implantação.
“A meta é implantar até o mês de março, antes das chuvas, e com isso diminuir, em um prazo de 3 meses, 50% dos casos de malária. O próximo passo é trabalhar para diminuir os outros 30%. Nossa meta em 2019 é combater 80% da malária nessas localidades”, detalhou a técnica do Núcleo de Controle de Malária da CGVS, Jacqueline Barros.
OFICINA PARA INSTALAÇÃO DOS MILDs – As estratégias de distribuição e instalação dos mosquiteiros foram definidas numa oficina realizada na última sexta-feira, 25, na CGVS. Participaram da capacitação técnicos dos municípios de Cantá, Caracaraí e Rorainópolis, além de representantes dos Dseis (distritos sanitários indígenas) Yanomami e Leste de Roraima.
MALÁRIA EM RORAIMA – Em 2018, dos 21.900 casos, 16.818 (76,8%) são autóctones (com transmissão dentro do estado de Roraima), e de acordo com estratificação de risco foi verificado que 52,9% dos casos estão concentrados nos municípios de Rorainópolis (3.298 casos), Caracaraí (2.018 casos) e Cantá (1.939 casos). Por isso, estes são considerados os municípios prioritários para intensificação das ações de controle da malária no Estado.
Foram registrados 5.082 casos importados, dos quais 86,4% (4.390) desses casos são originários da Venezuela, 11,6% (590) dos casos na Guiana, e 87 casos são de outros Estados do país.
ASCOM/SESAU
FOTOS: Ascom/Sesau