Ao agregar de valores ao grão de milho, vai aumentar a produção e gerar empregos para o Estado
Nesta sexta-feira, dia 5, o governador, Antonio Denarium, recebeu empresários do Paraná para conhecer a proposta de agregação de valores ao milho produzido no Estado, como a utilização do grão para produção de etanol e farelo para nutrição animal de bovinos, suínos, aves e peixes.
A reunião que ocorreu no Palácio Senador Hélio Campos, contou também com a participação de secretários de Estado. Na oportunidade, Denarium conheceu estudos sobre as várias formas para utilizar o grão de milho para o desenvolvimento da fronteira agrícola na região, que além de gerar empregos com o aumento da produção do grão e criação de animais, vai baixar os preços dos produtos dentro Estado, e exportar os subprodutos para outras regiões do Brasil e até mesmo para os países vizinhos.
“Hoje conhecemos um projeto para construção de uma fábrica de etanol de milho, para produção de 40 mil hectares. Esse etanol iria abastecer o Estado e o mercado do Amazonas, além de gerar milhares de empregos e atrair novos investidores. Os empresários de Roraima que já viram o projeto ficaram entusiasmados, e dessa forma estamos dando condições para Roraima se tornar um ambiente favorável ao desenvolvimento” pontuou o governador.
Conforme Miguel Tranin, presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná e vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná foram feitos um levantamento do potencial de Roraima, desde a análise do consumo do Estado. “Percebemos uma oportunidade para produção de etanol de milho e proteína para animais. O etanol de milho é uma nova fronteira no Brasil, pois tem uma expansão rápida. Roraima teria que dobrar área de plantio do grão e os produtores locais mostraram que já existe uma iniciativa para que isso aconteça” disse.
Miguel explicou que em cima da produção de etanol, o Estado vai poder produzir também DDG, que é um concentrado protéico extraído durante processo de produção de etanol a partir do cereal. O subproduto DDG (que significa grãos secos por destilação, na sigla em inglês), é extraído durante o processo de destilação, é um concentrado protéico que pode ser uma alternativa economicamente viável para a alimentação animal nas regiões em que o milho apresenta um preço baixo.
“A cada tonelada de milho pode ser produzido de 400 a 420 litros de etanol, e essa mesma tonelada produz também de 300 a 320 de DDG. Enquanto o milho tem de 8 a 10% de proteína, o DDG tem de 28 a 35%. É uma ração pronta para acrescentar na nutrição dos animais e que agrega valor significativo ao milho. Ou seja, o milho é um produto oportuno para o Estado”, destacou Miguel.
por NEUZELIR MOREIRA
Fotos: Ederson Brito/ Raimundo Lima