Incidência da doença é maior nos últimos dois anos, o que leva o município a tomar as medidas necessárias para evitar que a população seja afetada
A tuberculose ainda figura como um grave problema de saúde pública em todo o mundo, pois segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da doença infecciosa de agente único que mais mata, superando até mesmo o HIV. Para que em Boa Vista a situação seja mais favorável possível, a prefeitura recomenda que a população adote os devidos cuidados de prevenção.
Para garantir o bem-estar da população, a prefeitura investe bastante nas unidades de saúde para garantir o acesso a exames importantes, como no caso da tuberculose. A principal forma de prevenir a doença é através da vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente nas unidades de saúde do município por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo administrada nos primeiros anos de vida de uma pessoa.
O tratamento da doença está disponível na rede municipal de saúde e deve ser feito sem interrupção. Com isso, a chance de cura é garantida. A doença pode ser diagnosticada através dos exames de baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria, que dependem da quantidade e da qualidade da amostra de escarro para que os resultados sejam confiáveis. Essa coleta é fundamental no acompanhamento do tratamento dos casos de Tuberculose bacilífera mensalmente.
Além disso, neste mês de dezembro, a prefeitura vai reforçar as ações com foco na mobilização nacional de prevenção do HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além do diagnóstico precoce de doenças como a tuberculose. Desde a semana passada, os profissionais de saúde do município são capacitados em suspeição diagnostica da tuberculose, para reforçar o diagnóstico e análise dos sintomas respiratórios e intensificar as ações contra a doença.
“Estamos fazendo a capacitação dos agentes comunitários de saúde que são fundamentais na busca dos casos de tuberculose. Eles estão inseridos na comunidade, vão in loco verificar a situação da saúde do cidadão, identificar os sinais e sintomas e encaminhar aos serviços de saúde”, destaca Luiz Henrique, coordenador do programa municipal de tuberculose.
Dados em Boa Vista – O Boletim Epidemiológico da tuberculose em Boa Vista, mostra que a incidência da doença cresceu na capital nos últimos cinco anos, com um salto considerável em 2017 e 2018. Neste ano, de janeiro a outubro, já foram notificados 129 casos de tuberculose em Boa Vista, dos quais 32 são estrangeiros. Dos casos confirmados, 70% são do sexo masculino e 33% estão na faixa etária de 20 a 29 anos.
“O boletim tem o objetivo de demonstrar para os profissionais da saúde qual é a situação dos casos de tuberculose no município de Boa Vista e dessa foram eles poderem planejar ações de intervenção, de busca de novos casos e diagnóstico precoce”, destaca a diretora de Vigilância Epidemiológica, Roberta Calandrini.
As unidades básicas de saúde foram responsáveis por 43% dos diagnósticos dos casos novos de tuberculose em estrangeiros em Boa Vista. De acordo com a diretora, o controle da doença com foco na população imigrante é um desafio, por conta das condições de vulnerabilidade a que estão expostos.
“Essa é considerada uma população especial, submetida a fatores externos como a desnutrição, aglomeração, o uso de álcool e drogas, pobreza extrema e estresse. Todos esses fatores contribuem diretamente para o desenvolvimento da doença”, destaca.
Fonte:ecretaria Municipal de Comunicação – SEMUC