Ivaldo Brandão Vieira, do Comitê Paralímpico Brasileiro, participa do I Seminário de Sensibilização ao Esporte Paralímpico de Roraima, até esta quarta-feira
No I Seminário de Sensibilização ao Esporte Paralímpico de Roraima, na Universidade Estadual de Roraima (UERR), o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ivaldo Brandão Vieira, demonstrou preocupação da entidade em oportunizar a inclusão social desde a fase inicial da criança, para, consequentemente, tratar do desenvolvimento de paraatletas, sem visar resultados imediatos.
– É importante levar conhecimento para que os profissionais do estado possam iniciar um trabalho social, de formar o cidadão com deficiência, trabalhar a inclusão, para depois, possivelmente, desenvolver alguma prática esportiva. Estamos trazendo ideias e conhecimentos específicos sobre o esporte paralímpico, para que os profissionais possam, de alguma forma, fazer com que essas crianças sejam cooptadas a estas atividades, tenham interesse e despertem isso nelas – disse.
Ainda conforme Ivaldo Brandão Vieira, a vinda de representantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para o I Seminário de Sensibilização ao Esporte Paralímpico de Roraima se fez importante também após notar a ausência de Roraima em competições com modalidades paralímpicas no país.
– Como desenvolvemos a Paralimpíada Escolar anualmente, com participação de todos os estados, percebemos que Roraima era um estado que não atuava, não estava presente neste tipo de competição, por exemplo, então, queremos fortalecer justamente isso. Dar maiores oportunidades às crianças com deficiência que estudam na rede pública de ensino, porque a educação escolar na base é importante. O que sustenta o alto rendimento é o que vem de baixo, do trabalho de base. Sem isso, não há motivação para crescimento e não há evolução – comentou.
Perguntado sobre um potencial desenvolvimento de paraatletas em Roraima, Ivaldo Brandão Vieira acredita que é possível tendo em vista o percentual brasileiro de pessoas com algum tipo de deficiência, mas que é preciso incentivar e criar oportunidades para isso desde a educação escolar.
– Acredito que dentro da percepção de cerca de 20% de pessoas com alguma deficiência, pode-se ter um potencial sim, mas é preciso saber onde elas estão e como motivá-las. A escola não tem criado muitas oportunidades de inclusão e isso é uma das deficiências de alguns estados. Quando você começa a chamar atenção e mostra os caminhos, existe uma possibilidade. É preciso também provocar os poderes constituídos, porque dependemos disso também para que as coisas aconteçam, de fato – disse o vice-presidente do CPB.
Por Ivonisio Lacerda Jr, Boa Vista