Os comerciantes varejistas de venda de carnes dos municípios de Mucajaí e Iracema foram notificados pelos fiscais da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) e da Vigilância Sanitária do Estado para evitarem a comercialização de produtos provenientes do abate clandestino. A fiscalização foi realizada nesta terça-feira (17). Nessa primeira ação os fiscais se concentraram na questão educativa, orientando os proprietários dos estabelecimentos sobre os riscos à saúde, causados pelo consumo de carnes sem o registro nos serviços de inspeção. Eles deixaram claro, durante as abordagens, que o abate clandestino pode comprometer a segurança alimentar da população. Como a próxima fiscalização será de caráter repressivo, os varejistas foram lembrados sobre as reuniões realizadas em 2016, quando os fiscais cobraram uma solução para a questão, exigindo deles a criação de uma estrutura de abate para evitar problemas. “Fizemos seis reuniões nestes municípios, onde tivemos a participação de todos os comerciantes. Eles se comprometeram em fazer o que foi decidido, mas não fizeram”, ressaltou José Maria de Souza, médico veterinário da ADERR. Os fiscais alertaram para o perigo das doenças que podem ser originadas quando o alimento não é manejado corretamente, das condições estruturais e de higiene, além do acondicionamento e paramentos para os funcionários. Os donos de açougues ouviram as recomendações e concordaram em resolver o problema, sob o risco de perder toda carne que estiver no comércio, no dia em que for feita a fiscalização repressiva. “Estou consciente da situação e irei procurar os outros açougueiros para tomarmos uma atitude, apesar de ter consciência que é um pouco complicado”, salientou Sérgio Paulino, comerciante de Iracema. De acordo com os fiscais que estavam fazendo o trabalho de notificação, o caminho para eles é adquirir carne do MAFIR ou do frigorífico de Caracaraí, evitando o abate clandestino que ocorre sempre nas fazendas da região. “Estamos orientando para não adquirirem mais produtos clandestinos. São irregulares e podem causar danos à saúde”, disse José Antônio dos Santos, gerente de Núcleo de Produto da Vigilância Sanitária.
ELIAS VENÂNCIO
Fonte:jornalopainel.com
Foto: weliton Nunes