O abate bovino em Roraima no ano de 2020 teve crescimento, mostrando o potencial pecuário do Estado. Foram abatidas 52.655 cabeças em abatedouros fiscalizados pela Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima). Ao todo, somando os animais abatidos sob serviço de inspeção federal e estadual, foram 76.645 bovinos.
Estas atividades ocorrem sempre sob inspeções fixas de um fiscal agropecuário e, somente após a inspeção dos animais vivos, estes podem ser liberados para o abate. Hoje, existem três abatedouros registrados no SIE (Serviço de Inspeção Estadual): um em Boa Vista, um no Cantá e um em Rorainópolis.
Somente nos primeiros três meses de 2021, foi fiscalizado pelos fiscais da Aderr o abate de 10.356 cabeças de gado nos frigoríficos de Roraima. O serviço é feito diariamente para garantir produtos de qualidade, abate sem sofrimento dos animais e correta aplicação das normas estabelecidas pela inspeção.
Conforme o governador Antonio Denarium, a fiscalização é extremamente importante para manter a saúde da população. “A carne fiscalizada garante segurança alimentar aos consumidores, protegendo a saúde pública, que é nosso maior bem, além de fomentar o mercado e movimentar a economia local”, enfatiza Denarium.
Abate mais humanizado
Há alguns anos, o abate realizado nos abatedouros causava muito sofrimento aos animais. Não havia o cuidado para evitar uma morte sem dor. Hoje, os procedimentos mudaram e foram criadas regras para a prática mais humanizada, visando um abate mais tranquilo para os bovinos e uma melhor qualidade da carne.
Foram adotados procedimentos antiestresse na condução dos animais do curral de espera à sala de abate, para que não haja sofrimento. Também são aplicados cuidados higiênicos, a fim de evitar contaminação durante o procedimento.
A inspeção sanitária feita pelo fiscal agropecuário/médico veterinário libera as carcaças saudáveis para o consumo e as que não estiverem de acordo com os padrões higiênicos sanitários ganham outro destino após a condenação.
A carne inspecionada passa por critérios que são determinantes para a boa qualidade do produto, critérios estes acompanhados desde a chegada dos animais, passando pelo abate, sangria, esfola, evisceração, resfriamento e transporte.
A inspeção ante mortem é a primeira etapa e ocorre ainda no curral, onde são verificados as documentações do lote e os animais em si. Não havendo sinais de doenças e com as documentações corretas, os bovinos são liberados para o efetivo abate.
Abate clandestino causa danos à saúde, prejudica comerciantes e o meio ambiente
Pensando em economizar no preço da carne, muitos consumidores compram produtos que não passam pela inspeção, advindos de abates clandestinos. Esse comércio, que visa somente o lucro, não tem preocupação nenhuma com a higiene da carne e os animais abatidos estão sujeitos à contaminação por bactérias, fungos e agentes químicos.
O abate clandestino, além de causar danos à saúde dos consumidores, prejudica os comerciantes que adquirem seus produtos de estabelecimentos inspecionados. A prática criminosa também afeta o meio ambiente, pois o descarte de subprodutos do abate é feita em locais irregulares. “O consumidor precisar ter a consciência que ele só sai perdendo ao adquirir a carne clandestina. É o barato que pode sair caro, uma vez que a saúde de sua família está em risco”, alerta o presidente da Aderr, Kelton Lopes.
De acordo com o gerente da Inspeção de Produtos de Origem Animal, Diego Costa, denúncias de ilegal ou comércio de carne clandestina devem ser feitas à Aderr. “Quem constatar a ocorrência de um abate clandestino, deve ligar para a Aderr, no telefone 0800-95-2476. A ligação é gratuita e vai ajudar muito o nosso trabalho“, destaca.
SECOM RORAIMA