Barreiras fitossanitárias ajudam no monitoramento da praga
A mosca da carambola não tem tido vida fácil para se expandir em Roraima e avançar pelo Brasil. O Governo do Estado tem travado uma batalha incansável contra a praga. Por ano são investidos cerca de R$ 2 milhões para evitar a disseminação. Em Boa Vista não há registros de ocorrência.
Responsável pelo controle e combate da praga, a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) está monitorando 26 áreas de produção em Boa Vista, com 145 armadilhas instaladas para pegar a mosca. Em um ano de acompanhamento semanal não ocorreu nenhum caso.
Outra frente de luta contra a praga são as barreiras fitossanitárias montadas em Bonfim, Jundiá, Três Corações (Amajari) e na balsa do Passarão, para evitar o trânsito dos hospedeiros da mosca da carambola.
“Além dessas ações de trabalho a gente realiza atividades educativas por meio de palestras, cursos, distribuição de material informativo para levar às pessoas a educação sanitária que é importante nessa luta, pois ajuda que ela [a doença] se espalhe em Roraima e pelo restante do País”, ressaltou gerente de Defesa Vegetal da Aderr, Carlos Terossi.
Segundo ele, em Boa Vista não apareceu nenhum caso, mas em Pacaraima, Bonfim, Normandia e Uiramutã estão ocorrendo com frequência. “Estas são áreas sob quarentena. Agora em julho têm aparecido insetos machos, e quem faz o monitoramento nessa região é o Ministério da Agricultura”, informou.
O maior objetivo dos técnicos e órgãos envolvidos no combate é não deixar chegar a Boa Vista, e não deixar sair do Estado, pois se ela chegar à região Nordeste, onde se concentra grandes plantios de frutas vai acabar com a fruticultura, prejudicando a economia local.
Manga, goiaba, jaca, acerola, pimentas e tomates são as frutas onde a incidência é maior. Nas áreas onde os focos são registrados, a Aderr junto com o Ministério da Agricultura instala armadilhas com a colocação de ferromônios para atrair as moscas, que acabam ficando presas.
Esse trabalho é monitorado semanalmente para evitar que a praga se espalhe. Em Boa Vista, onde não existem focos da mosca da carambola, o trabalho da Aderr é provar o quanto antes que a Capital não tem os hospedeiros, e conseguir a liberação para a exportação de frutas.
“Nós estamos aguardando instrução normativa do Ministério, que vai estabelecer os critérios para a liberação da comercialização das frutas de Boa Vista”, disse Terossi.
A MOSCA – De acordo com as informações veiculadas pelo Ministério da Agricultura, e que servem para as atividades que envolvem a educação sanitária, existem muitas moscas que atacam os frutos e põem ovos, que se transformam em larvas (bicho-da- fruta).
Há poucos anos, a mosca da carambola entrou no Amapá, pela Guiana Francesa. Ela é perigosa, pois traz enormes riscos econômicos aos produtores. E agora chegou ao estado de Roraima pela Guiana.
Os Países que compram produtos do Brasil não aceitam frutos de regiões onde há mosca da carambola. Se a mosca sair do Amapá e de Roraima e se espalhar para outros
Estados, o Brasil e muitos produtores terão grandes prejuízos, pois não poderão vender os frutos. Isso vai causar desemprego e perda de renda para produtores e comerciantes.
FONTE: GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA