Disputas regionais e municipais terão observadores internacionais e elegerão 23 governadores, 335 prefeitos, 253 legisladores regionais e 2.471 vereadores
A Venezuela realiza neste domingo (21) eleições regionais e municipais. O pleito conta com a volta da oposição – que, em um gesto de protesto, boicotou os pleitos de 2018 e 2020 e estimulou a abstenção da população nessas ocasiões – e a presença de observadores internacionais.
Os venezuelanos vão às urnas para eleger 23 governadores, 335 prefeitos, 253 legisladores regionais e 2.471 vereadores. Segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral do país, 70.244 candidatos de 37 partidos participam da disputa. Os locais de votação permanecem abertos entre 6h e 18h, e haverá medidas sanitárias especiais devido à pandemia de covid-19.
Em seu retorno às eleições, a oposição ao governo de Nicolás Maduro encontra-se fragmentada. Juan Guaidó, reconhecido como presidente por alguns países, publicou um vídeo nas redes sociais na sexta-feira (19) denunciando não haver “condições para uma eleição livre e justa na Venezuela”, mas afirmou respeitar os partidos que decidiram participar do processo eleitoral após anos de boicote e pregou a reunificação da oposição.
Guaidó também afirmou esperar que os observadores internacionais da União Europeia apresentem um relatório esclarecendo “todos os abusos” do processo eleitoral venezuelano. Desde 2006 observadores do bloco não acompanhavam as eleições na Venezuela. A equipe, chefiada pela parlamentar europeia Isabel Santos, contará com um painel de especialistas das Nações Unidas. O Carter Center, organização fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, também enviará representantes ao país.
As eleições deste domingo (21) ocorrem em meio a uma devastadora crise econômica e humanitária, agravada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), neste ano a Venezuela ficará abaixo do Haiti como país mais pobre do hemisfério ocidental.
Fonte:nexojornal.com.br
