O espaço aberto na assembleia foi importante para a Seed mostrar os investimentos na educação indígena O secretário de Educação, Jules Rimet Soares, participou da 46ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, que ocorreu no Centro Regional Lago Caracaranã, região da Raposa, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no município de Normandia. Com programação extensa, entre os dias 11 e 14 de março, as lideranças indígenas trataram de diversos assuntos, entre eles a educação, com foco nos cursos de formação, alimentação e transporte escolar e revitalização das escolas. “Fizemos uma explanação das políticas públicas implementadas em 2017. Enfatizamos o curso de Magistério Tami’kan que os indígenas estão fazendo, os cursos de formação continuadas que serão realizados pelo Ceforr [Centro de Formação dos Profissionais da Educação do Estado de Roraima] e ressaltamos a regularização da merenda escolar, que inclusive já está licitada para o ano letivo 2017”, comentou Rimet. O espaço aberto na assembleia foi importante para a Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) mostrar os investimentos na educação indígena. “Mesmo com orçamento limitado, o governo tem se esforçado para atender todas as demandas. Fizemos a fiscalização no transporte escolar em algumas rotas que nos solicitaram e um novo processo de licitação será lançado até o fim de março para atender o segundo semestre letivo”, frisou. Algumas escolas também receberam serviços de manutenção como pequenos reparos e outras estão na lista de pedido de reforma. “O que ocorre é que encontramos as escolas em total abandono há mais de 10 anos e o governo tem demonstrado esforço e investido na educação. Este ano estamos com quatro licitações abertas, duas de pintura e duas de manutenção para as unidades da Capital e do Interior. Além disso, o governo vai investir mais de R$ 2 milhões na aquisição de materiais para pequenos reparos onde não houver necessidade de serviços mais complexos”, disse. O secretário lembrou que a Seed vem cumprindo com TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) de gestões passadas que não foram atendidos. Outra dificuldade exposta é que a União não entra com recursos para o custeio da máquina. “A entrega de livros, alimentação e material didático nas escolas indígenas em região de voo tem um custo alto, e o governo estadual precisa fazer um grande esforço”, destacou.
OZIELI FERREIRA
Fotos: Valdeci Silva