O mercado de franquias no Brasil mantém ritmo acelerado de expansão em 2023, de acordo com dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o segundo trimestre do setor faturou R$ 54,2 bilhões, uma alta de 12,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar dos desafios econômicos recentes, o setor demonstra resiliência e continua a atrair investidores. De acordo com Lucien Newton, vice-presidente da vertente de consultoria do Grupo 300 Ecossistema de Alto Impacto, esse crescimento diversificado permite que empreendedores escolham entre várias opções de investimento que se adequam aos seus interesses e orçamento. “Esse crescimento veloz abrange uma ampla gama de setores que vão desde alimentação e saúde até tecnologia e educação. Além da importância de ecossistemas que contribuem para a estabilidade do setor e visam garantir padrões de qualidade e ética, beneficiando franqueadores e franqueados”, comenta Newton.
Entre os destaques desse crescimento estão os segmentos de Hotelaria e Turismo, com alta de 18,5% (faturamento de R$ 3 bilhões), Alimentação Food Service, com crescimento de 16,9%, faturando R$10,27 bilhões, e Moda, que cresceu 16,8% e um faturamento de R$5,78 bilhões. Para Lucien, alguns pontos foram relevantes para a ascensão desses mercados. “A retomada das compras presenciais, com as pessoas voltando aos shopping centers e, também, pela alta movimentação de compras via delivery e e-commerce. Além da busca pela inovação, muitas redes estão investindo em tecnologia, incorporando aplicativos de entrega, sistemas de pedidos online e experiências digitais”, explica o vice-presidente da consultoria do Grupo 300.
Um outro ponto positivo é a empregabilidade, dados da ABF demonstram que, no segundo trimestre de 2023, a mão de obra empregada pelo setor foi na ordem de 1,612 milhão de trabalhadores diretos, o que equivale a um aumento de 10,9% em comparação entre os meses de abril e junho do ano passado. A categoria tem acompanhado também o andamento da reforma tributária, sendo favorável à simplificação e modernização de sistemas. “Os setores altamente intensivos em mão de obra recebem um olhar diferenciado sobre a possibilidade de gerar crédito a partir da folha, algo que ainda não foi considerado na discussão da reforma tributária. E que certamente ajudaria a gerar mais empregos no país”, comenta Newton.
Vale ressaltar que, de acordo com o desempenho neste primeiro semestre e as perspectivas para a segunda metade do ano, o faturamento deve seguir em crescimento e com expectativas promissoras. “A vertical de consultoria bateu recorde no ano. Foram 21 projetos de franquias em agosto, e em breve teremos novas franqueadoras se destacando no mercado”, finaliza.