Ministério da Justiça informou que entregará coletes, escudos, armas e carros.
No domingo, dez detentos morreram após rebelião em presídio superlotado.
O Ministério da Justiça informou na noite desta terça-feira (18) que vai liberar R$ 2,2 milhões na forma de equipamentos variados e veículos para reforçar a segurança em Roraima.
À tarde, a governadora do estado, Suely Campos (PP), tinha se reunido com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel Castro, e deputados do estado na sede da pasta, em Brasília.
Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima, dez presos foram mortos e seis ficaram feridos após confrontos entre integrantes de facções criminosas na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, na noite deste domingo (16).
“[Vamos receber esse dinheiro] neste momento. É para toda a segurança, vai nos ajudar bastante. Muitos equipamentos já foram e outros serão enviados nos próximos dias”, disse Suely Campos. Ela afirmou que a Penitenciária Agrícola tem capacidade para 700 detentos, mas abriga mais de 1,4 mil.
Entre os equipamentos a serem doados para Roraima estão 32 kits para o grupo de intervenção tática formado por agentes penitenciários de Boa Vista. Cada pacote é composto por coletes, escudos, armas letais, capacetes e armas químicas, de acordo com o ministério e a governadora.
Também serão doados sete veículos com celas internas, 400 coletes à prova de bala e aparelhos de raio-X, estes últimos utilizados na Olimpíada do Rio de Janeiro, informaram o ministério e a governadora.
Mais cedo, Castro disse que, por enquanto, não há necessidade de pedir ajuda para a Força Nacional.
Ele também informou que solicitou a transferência de 16 presos, líderes de facções criminosas envolvidos nas rebeliões, para uma prisão de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e aguarda decisão da Justiça.
“Tudo leva a crer que a transferência deve ser autorizada. Só estamos esperando a resposta”, declarou o secretário.
Nesta terça, na Câmara, Alexandre de Moraes ressaltou que a segurança penitenciária dentro de estabelecimentos estaduais é uma questão dos estados, mas afirmou dar apoio para eventuais necessidades.