Os seis pacientes retornaram para casa acompanhados de seus familiares
O Estado de Roraima avança na luta contra o Coronavírus (COVID-19). Depois de passar por tratamento na APC (Área de Proteção e Cuidados), seis dos 44 pacientes internados receberam alta hospitalar na manhã desta terça-feira, 23. O governador Antonio Denarium acompanhou a saída de todos os pacientes e comemorou junto com eles mais uma batalha vencida nesse momento delicado de pandemia.
“A alta dada a esses pacientes nos mostra que estamos efetuando um trabalho correto, respeitando a população. Eles venceram o Coronavírus, assim como eu venci, e isso me traz muita felicidade”, disse.
Na ocasião, Denarium parabenizou a equipe médica que trabalha na linha de frente para ajudar na recuperação dos pacientes infectados com a COVID-19 e também destacou o apoio do Exército Brasileiro. “Agradeço a todo profissional da saúde que trabalha no HGR [Hospital Geral de Roraima] e no Hospital de Campanha. O apoio dos parlamentares das bancadas federal e estadual também tem sido fundamental”, mencionou Denarium.
Sobre o funcionando o Hospital de Campanha
O comandante da Operação Acolhida, general Antonio Barros, que coordena o Hospital de Campanha, também demonstrou a sua satisfação em poder ver que pessoas tratadas na unidade estão sendo curados. “A alta hospitalar desses seis pacientes nos deixa fortalecidos e nos incentiva ainda mais para enfrentarmos com garra essa pandemia. Contamos com uma boa equipe de profissionais de saúde, que estão empenhados em salvar a vida das pessoas”, destacou.
O general Barros fez uma explicação técnica sobre o funcionamento do Hospital de Campanha nesse primeiro momento, após a sua abertura. “Por quanto, estamos fazendo atendimento em níveis 1 e 2, com aqueles pacientes que estão com estado de saúde estável. Os de nível 3, que precisam de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], ainda continuam sendo atendidos no HGR, que é a unidade de saúde de referência. As UTIs que estão aqui continuam à disposição, caso haja a necessidade de uso”, assegurou.
Impasses ainda em discussão
Em se tratando da contratação de mais profissionais de saúde, o general Barros afirmou que ainda enfrenta dificuldades porque o sindicato dos médicos de Roraima não está de acordo com a escala de trabalho apresentada pela coordenação do hospital.
“Enquanto eles não somam forças para enfrentar essa doença lado a lado com o Hospital de Campanha, contamos com a ajuda dos médicos de outras instituições e formados fora do País, isso graças a uma liminar favorável da Justiça que permitiu a contratação desses profissionais”, desabafou.
Mesmo diante desse impasse, o comandante da Operação Acolhida assegurou que em breve vão ser ampliados os atendimentos com novos profissionais. “Nossa meta é ampliar o número de leitos de 80 para 174, assim que conseguirmos contratar 80 médicos por meio da Secretaria Estadual de Saúde. Em seguida, aumentar para mais 264 leitos, com a ajuda de 108 médicos. Esse é nosso plano que vamos executar”, informou.
O presidente da ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima), deputado Jalser Renier, que também esteve presente na ocasião da alta dos pacientes, reconheceu as dificuldades que o Estado tem enfrentado para que tudo ocorra da melhor forma possível.
“A Sesau ainda enfrenta impasses, mas com a união dos poderes vamos conseguir sanar qualquer problema. Dessa forma, iremos salvar o maior número de vidas. Parabéns ao Governo, que tem desenvolvido ações em conjunto para fortalecer o atendimento à população”, enfatizou.
Novas doações de insumos hospitalares
O diretor do Grupo Samel, Ricardo Nicolau, que chegou ao Estado em comitiva na manhã desta terça-feira, também acompanhou a saída dos pacientes recuperados e disse estar satisfeito em contribuir com a batalha contra a COVID-19. “A Samel implantou no Hospital de Campanha o mesmo protocolo de atendimento que deu certo em Manaus, com o uso de ventilação não invasiva, por meio da Cápsula Vanessa. Vamos fazer um levantamento para saber quais itens que ainda estão em falta para fazer novas doações ao hospital”, adiantou.