Além de diminuir o tempo de engorda dos bezerros, o projeto é sustentável, pois não precisa desmatar e nem abrir novas áreas

Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) por meio dos técnicos da CPR (Casa do Produtor Rural) de Nova Colina, localizada no município Rorainópolis, auxiliam produtor rural de gado de corte, na adoção de tecnologias na construção de um sistema de semiconfinamento.
Segundo o Emerson Baú, secretário da Seapa, o uso dessas tecnologias e recorrer a assistência especializada existente na secretaria é uma ferramenta que qualquer produtor rural, pode procurar. “Estamos presente em todos os municípios do Estado com as CPR’s, temos um excelente quadro de servidores experientes e de prontidão para auxiliar a quem necessita de apoio”, informou.
Conforme o projeto-piloto de semiconfinamento de gado de corte, que tem a duração de três anos, a ideia é produzir dentro de uma área e não precisar desmatar. Está planejado agora, uma plantação de milho mecanizado para incrementar na suplementação com silagem de milho. O investimento ficou por volta de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para a implantação do capim elefante. E é um projeto pioneiro no Sul do Estado.
O técnico agrícola Adalberto Salgado, chefe da Casa do Produtor Rural de Nova Colina, comemora a finalização da primeira etapa do projeto-piloto. “É muita satisfação por vários fatores, primeiro pela questão ambiental da consciência do produtor em não desmatar, não abrir novas áreas e aproveitar o que já foi aberta, vamos aumentar a produtividade, fazendo o incremento de lucro no final da safra. Fico feliz pelo produtor ter procurado e acreditado na nossa equipe do escritório de Nova Colina”, frisou.
No projeto de semiconfinamento de gado de corte na CPR de Nova Colina, além do chefe do escritório, também participam do projeto, os técnicos agrícolas, Irama Freitas e Maria Rozely que auxiliaram dando orientação e assistência técnica ao produtor rural.
“Ele foi muito receptivo, fazendo exatamente tudo que era orientado e discriminado. A ideia principal desse projeto-piloto são baseados nesses dois pilares, primeiro em não incentivar o desmatamento para provar para os produtores da região que a gente consegue ter mais produtividade e ganhar mais dinheiro dentro de uma mesma área. Em segundo lugar, uso de tecnologia, incentivando os produtores na parte adubação, da análise de solo, de sistemas de plantio, e principalmente fazer as anotações devidas, registrar tudo que foi gasto, para no final o produtor saber quanto realmente ele teve lucro nesse projeto”. Informou Adalberto Salgado.
PROJETO-PILOTO – Nesse projeto-piloto não houve financiamento, a Seapa participa com orientação e assistência técnica, o recurso foi particular. Hoje a propriedade possui cerca de 450 cabeças de gado, e para as matrizes será oferecida uma alimentação de engorda, uma suplementação especial também será dada aos bezerros, ambas as fórmulas são prescritas pelos técnicos da Seapa,
O produtor rural tem o objetivo de manter a quantidade de animais no inverno e no verão, sendo que antes, ele tinha que alugar pasto no verão e vender gado para custear. A intenção é manter esses animais dentro da propriedade e em bom estado, sem ter que abrir mais áreas.
Enquanto as vacas comem em um ponto do pasto, os bezerros recebem uma suplementação especial, esta medida, vai refletir no peso de desmama de bezerros que é o principal objetivo econômico.
A plantação escolhida, capim elefante, será oferecida no cocho aos animais, no sistema de semi-confinamento. Esses animais vão passar duas vezes por dia, nessa praça de alimentação para receber a capineira, sal mineral ou entre outros alimentos. “Agora a gente está na fase de implantação de cochos, praça de alimentação e ração, que vai ser formulado pelo zootecnista Alexandre Andrade da CPR de Jundiá para cuidar desses animais, dentro de uns 60, 90 dias.” Explicou o chefe da Casa do Produtor.
Fonte: secom