Dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgados em 1º de junho deste ano revelam que o jornal de língua inglesa China Daily, controlado pelo Partido Comunista Chinês (PCCh), pagou aproximadamente US$ 19 milhões a veículos de imprensa espalhados pelo mundo para promover propagandas governamentais.
Conforme já noticiado pelo Terça Livre, os documentos divulgados expõem pagamentos de novembro de 2016 a abril de 2020. Acesse a íntegra do documento.
Entre os beneficiados estão dois jornais brasileiros: Folha de São Paulo e Correio Braziliense. De acordo com o documento, a Folha, registrada como empresa “Folha da Manhã S.A”, recebeu US$ 405 mil como pagamento por compartilhar os conteúdos do China Daily.
Em janeiro de 2019, o Grupo Folha recebeu o total de US$ 41,4 mil, o equivalente a aproximadamente R$ 230 mil reais.
O Correio Braziliense também está no documento. A subsidiária do Grupo Globo recebeu aproximadamente US$ 109 mil, enquanto o jornal da cidade de Brasília arrecadou pouco mais que US$ 15 mil.
Além disso, Globo e Twitter aparecem na lista dos que ganharam para promover o Partido Comunista Chinês, segundo relatório:
“Por que a imprensa não fala nada sobre a repressão da população na Alemanha?”, questionou Allan dos Santos durante o Boletim da Manhã desta sexta-feira (20).
“Vamos começar olhando para a imprensa do Brasil. O Terça Livre tem algum contrato com a China? Não. E não é apenas a Band que tem contrato com eles. A Globo também. Mas não são apenas as duas, existe uma lista enorme de empresas de comunicação que recebem dinheiro da China, como vemos na matéria. Correio Brasiliense, Folha, Globo, todos recebendo dinheiro da China. Aí, depois você não entende por que esses jornais não falam das atrocidades na Alemanha que estão acontecendo neste exato momento. Como é que alguém amplia poderes assim e ninguém diz nada? Você imagine o Bolsonaro ampliando poderes. Como estaria a imprensa do mundo?“, apontou o jornalista.