Jornalista tinha a voz trêmula e fez muitas pausas, com uma locução bem diferente dos padrões da emissora

Após sabatina com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), nessa sexta-feira (3), a Rede Globo decidiu se pronunciar sobre a sua participação no golpe militar de 1964, mencionada pelo candidato ao Planalto. Quem transmitiu a mensagem foi a jornalista Miriam Leitão, reproduzindo ao vivo uma nota elaborada pelo Grupo.
Também houve quem se colocou no lugar da jornalista e entendeu a situação.
Veja a repercussão:
A também candidata Manuela D’Ávila aproveitou para lembrar que Miriam foi presa e torturada durante o regime militar e questionou a emissora tê-la feito ler a nota:
Leia a íntegra do discurso de Miriam Leitão ao final da sabatina com Bolsonaro:
“Em relação às declarações do candidato Jair Bolsonaro sobre O Globo em 1964, o Grupo Globo emitiu a seguinte nota: ‘o candidato Jair Bolsonaro disse há pouco que Roberto Marinho, em editorial de 1984, afirmou que participava do que chamava de revolução de 64, identificado com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas. É fato, como todos os grandes jornais à época, com exceção do Última Hora. O Globo apoiou editorialmente o golpe com o objetivo reiterado de Roberto Marinho, 20 anos depois. O candidato Bolsonaro esqueceu-se, porém, de dizer que em 30 de agosto de 2013 O Globo publicou um editorial em que reconheceu que o apoio ao golpe de 64 foi um erro. Nele, o jornal disse não ter dúvidas de que o apoio pareceu, aos que dirigiam o jornal na época e viveram aquele momento, a atitude certa visando ao bem do país. E finaliza com essas palavras o editorial: ‘à luz da história, contudo, não há porque não reconhecer hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais no período, que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto e corre risco e ela só pode ser salva por si mesma’’. Uma boa noite e um bom fim de semana”.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO