Um movimento de artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão declararam na última segunda-feira (19) que pretendem ir à Justiça para impedir a Havan de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade, símbolo da empresa, na capital maranhense. Os integrantes do movimento acusam Luciano Hang, dono da Havan, de não respeitar a democracia e os direitos humanos.
“Nada contra emprego e renda. Nada contra o livre mercado, desde que exercido por quem respeita os direitos sociais e trabalhistas. Por quem respeita a liberdade de expressão, a democracia, os direitos humanos. Não é o caso do personagem caricato, aventureiro, por trás da Estátua da Liberdade”, diz o manifesto da petição do movimento, intitulado “Aqui Não”.
Os organizadores tentaram argumentar ainda que uma réplica da Estátua da Liberdade em São Luís supostamente não é compatível com a cultura e arquitetura da cidade, por também ser considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
“Alguém consegue imaginar uma Estátua da Liberdade em Olinda, Ouro Preto ou Diamantina? Não dá. A exemplo de São Luís, são cidades tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em qualquer um desses sítios urbanos, instituições como o Iphan reagiriam com rigor”, escrevem os organizadores, que também exigiram uma reação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O jornalista Max Cardoso, durante o Boletim da Manhã de terça-feira (20), comparou a declaração do movimento de artistas com a forma de agir comunista.
“É bem o estilo comunista. É tudo contraditório. Eles dizem ‘nós não somos contra… só não queremos esse cara’ ou ‘nós somos a favar da liberdade, mas ele não pode’”, ressaltou o jornalista.