
O Uiramutã é considerado o município mais isolado do estado de Roraima. Com uma população aproximada de 9 mil habitantes, sendo a maior parte indígena, enfrenta o desafio de promover o desenvolvimento com sustentabilidade, responsabilidade que aumenta porque sua área urbana está dentro de uma terra indígena.
A condição inadimplente da administração municipal também é um dos fatores que dificulta a organização da cidade. “Estamos conseguindo deixar a prefeitura adimplente agora. Isso será muito importante para recebermos os recursos federais que vão nos ajudar a melhorar a condição do nosso município”, explicou o prefeito Manuel da Silva Araújo, o Dedel.
Um dos principais parceiros da administração municipal é o senador Romero Jucá (MDB) que garantiu recursos para aquisição de tratores, maquinários agrícolas e para o projeto de bovinocultura indígena.
“Com esse projeto, Uiramutã ganha um forte incremento na sua economia e ajuda a renovar o rebanho das nossas comunidades indígenas que fortalecem a produção do nosso município. É por isso que agradeço ao senador pelo empenho e atenção com Uiramutã”, afirmou o prefeito.
Entre as necessidades levantadas pela população está a iluminação pública, construção de calçadas e de quadras esportivas.
“Conversei com a população e com o prefeito Dedel sobre as ações previstas para Uiramutã. Já temos recursos empenhados para algumas ações e vou buscar mais recursos para concluir o calçamento e a iluminação pública do município. É um trabalho importantes para melhorar a vida dessas famílias, entendo que a política deve servir para isso”, afirmou o senador Romero Jucá.
Bovinocultura Indígena – Neste fim de semana, as comunidades indígenas do Uiramutã receberam mais 1.250 animais do projeto de bovinocultura indígena desenvolvido pela Funai/RR para promover a sustentabilidade e autonomia dos povos indígenas.
“São 86 comunidades que receberam aqui no Uiramutã um total 2.431 rezes. Esse é considerando o maior projeto de desenvolvimento para os povos indígenas realizado no Brasil e saímos daqui grandiosos e realizados por trazer essa ação que melhora a vida dos nossos povos indígenas”, disse o diretor regional da Funai, Armando Neto.
O projeto nasceu de uma iniciativa do deputado federal Edio Lopes e ganhou reforço do senador Romero Jucá que garantiu os recursos necessários para atender todas as comunidades do estado.
“Uma das grandes vantagens desse projeto é a melhoria da qualidade genética do rebanho das comunidades indígenas. Um projeto que entrega quase 10 mil cabeças de gado para esses povos por si só diz que é um importante vetor econômico. Ao comecar nascer, rebanho se tranformará na maternidade do boi gordo que chegará a outras fazendas do estado”, disse.
Durante um ano, os povos indígenas contemplados receberão os insumos necessários para garantir o bom desenvolvimento dos animais.
Por três anos, a comunidade não poderá retirar animais, mantendo o objetivo principal do projeto que é a multiplicação do rebanho para autonomia econômica das comunidades.
“O gado pra gente funciona como uma fonte de recursos. Usamos na agricultura, quando necessário na alimentação, mas principalmente para realizar as coisas que precisamos na nossa comunidade”, disse o coordenador regional de Pedra Branca, Gregório Lima.
Raposa Serra do Sol – Outra área indígena atendida com a melhorias foi a comunidade da Raposa Serra do Sol. Considerada uma das maiores e mais isoladas, a população que vive neste local conta agora com um reforço importante no atendimento em saúde.
Com apoio do Ministério da Saúde, foram alocados recursos no DSEI-Leste que viabilizaram o contrato de um helicóptero para remoção de pacientes em situação emergencial. Recentemente, foi inaugurado um Polo Base de saúde para receber pacientes da região dessa região.