A galeria do plenário Noêmia Bastos Amazonas, na Assembleia Legislativa de Roraima, ficou pequena para comportar os representantes de 23 sindicatos públicos de Roraima. Todos queriam acompanhar de perto os desdobramentos da audiência pública, convocada pelo deputado Jânio Xingu (PSL). O Governo do Estado não enviou representante para participar da discussão.
Com balões, cartazes e manifestações, os servidores e homologados do concurso da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) 2013, cobravam a nomeação. Três representantes de categorias subiram à tribuna para expor as necessidades do grupo.
Na pauta da audiência estava, principalmente, a discussão sobre a aplicação do auxílio alimentação a todas as categorias estaduais, progressões, adicionais de insalubridade, penosidade e periculosidade. Os trabalhadores pediram apoio para impedir o avanço do Projeto de Lei Complementar nº 257, que tramita no Congresso Nacional, em Brasília.
O presidente da Casa, Jalser Renier (SD), aproveitou o início da audiência para parabenizar o deputado Jânio Xingu pela iniciativa promover o encontro. Assegurou que todas as discussões pertinentes aos servidores públicos contarão com o apoio da Assembleia. “Vamos transformar a audiência pública em ações”, afirmou.
Xingu ressaltou que ao final dos debates, um relatório seria emitido e enviado para cada parlamentar e para a governadora Suely Campo (PP)s, para que tenham ciência do conteúdo da audiência. Citou que pretende assegurar para o Orçamento do próximo ano, o auxílio alimentação para todas as categorias. “Estivemos aqui em comunhão com todos os sindicatos”, complementou o parlamentar.
O presidente interino do Sindicato dos Servidores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Antônio Leal, ressaltou que a audiência serviu para chamar a atenção não só dos deputados estaduais, mas também da Bancada Federal de Roraima no Congresso Nacional, com o objetivo de “derrubar” o Projeto de Lei Complementar nº 257. “É algo que nos trará muitos prejuízos e afetará a todos os servidores do Estado e não queremos isso”, contou.
Sobre o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) do Quadro Geral (Lei nº 1.032/16), o sindicalista alegou que, até o momento, a lei não foi cumprida. “O servidor recebeu um presente, mas até agora não conseguiu usufruir dele”, explicou Leal, que aproveitou a oportunidade para informar acerca de uma paralisação dos servidores do Quadro Geral, marcada para acontecer no próximo dia 8 de agosto. O local de encontro será o auditório da CUT (Central Única dos Trabalhadores). A paralisação de advertência foi motivada pelo não cumprimento da data-base do mês de maio, a retirada do auxílio de penosidade e a inviabilidade para progressões anunciada pelo Executivo.
Fotos: SupCom ALERR
Yasmin Guedes/SupCom ALE