“O outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”, diz Ramos.

Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, é quem controla as indicações para os cargos mais importantes e o responsável pela articulação política.
Por ser general da ativa, também vem sendo alvo de duras críticas por parte de alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e despertando algumas teorias conspiratórias sobre um possível “golpe” promovido pelas Forças Armadas.
Em entrevista¹ à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (12), Ramos negou a possibilidade de uma queba do “regime democrático”, mas pediu para o “outro lado” não “esticar a corda”:
“É ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático. O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda.”
Questionado sobre o que seria uma forma de esticar a corda, Ramos citou comparações recentes feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello:
“O Hitler exterminou 6 milhões de judeus. Fora as outras desgraças. Comparar o presidente a Hitler é passar do ponto, e muito. Não contribui com nada para serenar os ânimos.”
Ele também alertou para uma possível derrubada da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE):