O Brasil assumiu nesta sexta-feira (1º) a posição de presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU. Com isso, o embaixador Ronaldo Costa Filho será o responsável por liderar os encontros durante todo o mês de julho.
O cargo é rotativo e é ocupado por embaixadores dos principais países do mundo. Ao todo, são 15 países participantes do conselho, sendo cinco permanentes – China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido – que possuem o poder de veto.
Segundo comunicado, o Brasil assumiu um assento rotativo em janeiro, com um mandato para o biênio 2022-2023. Antes de deixar o cargo, o representante brasileiro deve ainda ocupar a presidência em outubro do próximo ano.
“Um dos pontos que priorizaremos em nossa presidência é a comunicação estratégica em operações de manutenção da paz, com o intuito de melhor engajar-se com a população local em cada missão da ONU, sempre com respeito aos direitos humanos e combatendo a violência, inclusive sexual”, diz o diplomata na nota.
O representante do Brasil nas Nações Unidas também contou que o país deverá organizar um debate temático sobre menores em conflito e espera que a presidência contribua para “mostrar um pouco mais do Brasil e da cultura brasileira para o mundo”.
Esta é a 11ª passagem do país pelo órgão desde a criação da organização. Durante sua liderança, o Brasil anunciou que também promoverá o diálogo para alcançar a paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.
O governo do presidente Jair Bolsonaro defendeu a “neutralidade” na guerra e votou geralmente contra as sanções infligidas à Rússia proposta pela ONU e outros órgãos internacionais.
Segundo França, o Conselho “se mostrou incapaz de tomar decisões sobre a Ucrânia, mesmo em questões que deveriam unir todos os seus membros, como garantir o acesso à assistência humanitária e a proteção de civis”.
Bolsonaro foi recebido em fevereiro em Moscou por seu homólogo russo, Vladimir Putin, uma semana antes do início da invasão à Ucrânia. Na última segunda-feira, os dois líderes tiveram uma conversa telefônica na qual Putin garantiu que continuará enviando fertilizantes para o Brasil.
Por Ansa