Policiais civis orientam alunos sobre os perigos que as drogas representam
Combater a criminalidade por meio de ações preventivas é um dos objetivos da PCRR (Polícia Civil de Roraima) que, sob a coordenação do Denarc (Departamento de Narcóticos) e executado pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), vem realizando ciclos de palestras em escolas públicas estaduais. Este mês, a escola América Sarmento, no Pintolândia, foi atendida com um ciclo de oito palestras, que contemplou a 700 alunos dos turnos matutinos e vespertinos.
De fevereiro até maio, a DRE atendeu a 2.480 alunos. Foram 650 na Escola Estaduais Dom José Nepote, no bairro Pricumã; 460 alunos na Escola Buritis; 670 na Escola Major Alcides, no bairro Asa Branca e 700 estudantes na Escola América Sarmento. O trabalho é realizado por equipes de delegados, agentes e escrivães do Denarc e DRE.
De acordo com o delegado titular da DRE, Márcio Amorim, existe uma preocupação por parte da Polícia Civil em orientar a comunidade escolar, principalmente a crianças e adolescentes na faixa etária de 11 a 18 anos, sobre os perigos que as drogas causam na vida das pessoas.
“Temos percebido que os jovens estão ingressando cada vez mais cedo na criminalidade, sendo assediados por traficantes, muitas vezes nas imediações de casa e até mesmo das escolas. É de extrema importância alertar não somente aos jovens, mas aos pais para que estejam mais atentos em relação aos filhos, para que não venham perceber tarde demais o perigo que estão sofrendo”, destacou.
Para o delegado, a droga tem sido a propulsora de grandes mazelas na sociedade e tem sido o combustível para aumentar a criminalidade.
“Percebemos que os crimes de furtos ou de roubos, na maioria das vezes, ocorrem porque os infratores usam os produtos furtados ou roubados, como moeda de troca por entorpecentes. Quem compra produtos furtados ou roubados, ajuda a alastrar o crime, pois está financiando os criminosos”, disse o delegado.
Para Márcio Amorim, orientar a juventude sobre as consequências que as drogas causam não somente para a saúde, mas para a vida social das pessoas, é de extrema importância.
“Durante esse trabalho, nós mostramos aos jovens que não é careta se negar a usar drogas. Ao contrário, é uma atitude extremamente responsável. Mostramos também os perigos que esses jovens correm ao ingressarem em uma facção criminosa. Sei que muitos jovens têm sonhos, aspirações. E o que será desses sonhos se eles decidem interrompê-los antes mesmo de iniciar sua vida social, antes mesmo de sair do ensino fundamental?”, indagou.
PALESTRAS – A PCRR atende a qualquer escola, seja ela pública ou privada, municipal, estadual ou federal, com palestras de prevenção ao uso, tráfico de drogas e sobre facções criminosas.
De acordo com o agente de Polícia, Aldo Braga, chefe do Núcleo de Narcóticos do Denarc, um dos palestrantes, durante as ações nas escolas são abordados temas como as principais drogas que circulam no Estado; a Lei do tráfico de drogas e as consequências jurídicas que envolvem tanto o usuário quanto o traficante; as facções criminosas; os efeitos que as drogas causam no organismo e as formas que as pessoas podem adotar para evitar esse caminho.
“Os jovens devem se dedicar aos estudos, fortalecer os vínculos familiares e promover um envolvimento mais efetivo com o ambiente escolar. Os pais devem estar mais atentos, saber com quem os filhos se relacionam, cobrar disciplina em casa, na escola e procurar envolver os jovens com as tarefas da casa, da escola e inseri-los em cursos, esportes e outros de interesse da família”, finalizou.
SECOM RR
Fotos: Ascom/PCRR