Primeiríssima infância, sexualidade infantil e desenvolvimento infantil são os temas a serem abordados com os pais das crianças atendidas nas casas mãe durante o ciclo de palestras promovido pela coordenação das unidades e o Programa Família que Acolhe (FQA). A primeira palestra ocorreu nesta terça-feira, 27, no Núcleo Senador Hélio Campos, que conta com quatro unidades de casas mãe e atende 122 crianças.
O tema inicial foi primeiríssima infância, fase que vai da gestação até os três anos de idade, considerada a mais importante para o desenvolvimento infantil. A gestora do Núcleo Senador Hélio Campos, Lourdes Santos, explicou que a palestra é uma forma de mostrar aos pais como eles podem contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento dos filhos.
“O objetivo é esclarecer para os pais a importância do vínculo, do cuidado com a criança desde os primeiros anos, para que haja um desenvolvimento em todos os aspectos: integral, afetivo, cognitivo e psicomotor. Também é uma forma de trazer os pais para dentro da escola”, explicou Lourdes Santos, gestora do Núcleo Senador Hélio Campos.
A palestra foi ministrada pela enfermeira do Família que Acolhe, Valéria Reinbold, que levou informações sobre primeiríssima infância para mais de 100 pais. A enfermeira explicou que é nesse período da vida que ocorre o crescimento físico, amadurecimento do cérebro, aquisição de movimentos, iniciação social e afetiva e o aprendizado de regras de convivência por parte da criança, e que os pais exercem um papel fundamental nessa etapa.
“Algumas crianças que estão nas casas mãe vieram do Família que Acolhe, ou seja, os pais já conhecem a importância da primeira infância, mas outros não. Os pais das crianças que não vieram do FQA precisam entender a importância desse período da vida para que saibam o que fazer para estimular e incentivar as crianças nessa etapa de desenvolvimento”, explicou.
Os pais ficaram atentos às orientações sobre como participar efetivamente do desenvolvimento dos filhos e entenderam a importância do brincar, do carinho, da música, da leitura, e principalmente, da interação com as crianças.
Para a estudante Cleane da Silva Mendes, 29 anos, o assunto primeira infância não é uma novidade. Desde que estava grávida da Ághata, de dois anos, ela participa da Universidade do Bebê, do Programa Família que Acolhe, onde recebia essas informações. Ela destacou a importância de reforçar o conhecimento no tema.
“Eu sempre procuro participar dessas palestras e colocar em prática as informações. Os cuidados nessa fase da vida da criança ajudam a desenvolver a inteligência, melhorar a autoestima e deixar nossos filhos mais fortes”, ressaltou Cleane.
O calendário de palestras faz parte do planejamento pedagógico das casas mãe. Nos primeiros encontros, as abordagens foram direcionadas aos professores, cuidadores e gestores das unidades. Atualmente, Boa Vista conta com 33 casas mãe e 27 turmas de Proinfância, que juntas atendem cerca de 1.800 crianças com idade entre dois e três anos e 11 meses.
Secretaria Municipal de Comunicação (SEMUC)