A Polícia Militar de Roraima (PMRR) conta atualmente com quatro unidades especializadas prontas para atuar tanto de forma preventiva em grandes eventos públicos, como de forma repressiva, em crimes mais complexos, que causam algum clamor social.
As unidades especializadas desenvolvem atividades de inteligência policial, com o objetivo de combater delitos de alta complexidade, e em apoio ao policiamento ordinário nas áreas rurais e urbanas que compreendem a capital e interior do Estado. Dentre elas está o GATE (Grupo de Ações Táticas).
O GATE é empregado em situações críticas que colocam em risco de maneira mais agravada, as vidas dos cidadãos, que incluem ocorrências com reféns localizados, criminoso armado em local de difícil acesso ou locais de selva, ações antibombas, antiterrorista e participação nas ações por ocasião de motins e combates ao fogo em estabelecimento penal.
Para fazer parte da unidade o policial precisa ter um curso Operações Especiais, que o habilita a atuar em diversas situações de risco elevado, afirma o comandante do GATE, capitão Moacir dos Santos. “Nesse curso são adquiridos conhecimentos em diversas áreas de policiamento e especialidades técnicas. Além disso é exigido que os militares estejam em plena forma física e psicológica”.
Em Roraima o grupo especializado da Polícia Militar está sediado no BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Atua isoladamente e em parceria com o Departamento de Informação e Inteligência da Polícia Militar e com a Dicap (Divisão de Captura) em situações de captura de criminosos e em parceria com órgãos federais, atuando na segurança de equipes em operações contra crimes ambientais.
ATUAÇÃO
O GATE esteve recentemente integrado com as demais forças de segurança na captura dos envolvidos no assalto ocorrido na última sexta-feira, dia 7, no município do Cantá.
Segundo o capitão Moacir, o assalto assume características de uma modalidade de crime que tem se destacado no interior do país, chamado de Novo Cangaço.
“Nessa modalidade, os infratores escolhem cidades pequenas, com o policiamento reduzido, de difícil comunicação e possibilidade de reforço policial. Geralmente usam armas de grosso calibre e sempre fazem reféns. Os criminosos sempre contam com apoio externo para as fugas. Por isso se embrenham em matas para posteriormente serem resgatados por comparsas” destacou.
No Cantá os assaltantes liberaram os reféns e em seguida se abrigaram na mata. Em ação conjunta com policiais militares do município e integrantes do Grupo de Resposta Tática da Polícia Civil, o efetivo do GATE realizou as buscas na modalidade de patrulhamento em área rural, específica para esse tipo de situação.
Após três dias de buscas na mata e investigações os integrantes da quadrilha foram presos em Boa Vista, com o auxílio de um comerciante. O Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves, afirma que o GATE, a exemplo de outras polícias, é o que há de mais especializado na tropa.
“São policiais preparados para atuar em situações extremas, sob pressão psicológica e onde decisões precisam ser tomadas de forma rápida e eficaz. Parabenizo nossa unidade, que atuou em conjunto com outras unidades da segurança pública e da própria PM, conseguindo assim desestruturar mais uma quadrilha de assaltantes que tinha pretensão de continuar atuando em nosso Estado”, finalizou Gonçalves.
FONTE: ASCOM/PMRR