Centro de Referência da Saúde da Mulher é a única unidade pública do Estado a realizar este procedimento
Com a nova sede do Centro, que está prestes a ser inaugurada, vamos ter nosso próprio material e ampliar esse serviço, beneficiando mais mulheresEficaz, prático e de longa duração, o dispositivo intrauterino (DIU), que impede o encontro do óvulo com o espermatozoide, é um método alternativo à pílula anticoncepcional. Em 2016, o CRSM (Centro de Referência da Saúde da Mulher), única unidade do Estado a fazer este procedimento, realizou a inserção do dispositivo em 91 mulheres. Até fevereiro deste ano, outras sete mulheres já optaram por este método contraceptivo.
Para realizar o procedimento, a mulher pode procurar diretamente o Centro de Referência e dirigir-se ao Planejamento Familiar. Neste local, informar que deseja fazer a inserção do DIU e agendar a primeira consulta, onde será orientada sobre o procedimento.
A mulher passará por uma série de exames para detectar se existe algum impedimento para a inserção. “Se sim, ela fará o tratamento para em seguida inserir o DIU. Caso contrário, na segunda consulta ela poderá fazer a colocação”, explicou a diretora do CRSM, Jucidéia de Almeida.O procedimento de colocação do dispositivo é realizado uma vez na semana e quatro pacientes são atendidas por dia. “Com a nova sede do Centro, que está prestes a ser inaugurada, vamos ter nosso próprio material e ampliar esse serviço, beneficiando mais mulheres que desejam fazê-lo”, destacou Jucidéia.
Entre as vantagens do uso do DIU de cobre estão o longo tempo de ação: são 10 anos de validade. “Pode ser inserido, preferencialmente, durante a menstruação, pois tem algumas vantagens: se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez fica descartada; a inserção é mais fácil pela dilatação do canal cervical; qualquer sangramento causado pela inserção não incomodará tanto a mulher; a inserção pode causar menos dor”, explicou a ginecologista Jordânia Guedelha.
Com uma eficácia de 99,3%, o DIU pode ser utilizado desde a adolescência até a menopausa. Além disso, pode ser usado por mulheres que estão amamentando e não interfere na produção, quantidade e qualidade do leite materno. “O DIU é contraindicado para mulheres que estejam apresentando no momento Doença Inflamatória Pélvica, Infecções sexualmente transmissíveis, miomas que distorçam a cavidade uterina, sangramento vaginal sem diagnóstico, malformações uterinas e estreitamento do canal do colo uterino, câncer do colo de útero e do endométrio”, disse Jordânia.
De acordo com o Ministério da Saúde, o DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual para mulheres que estejam menstruando regularmente, desde que haja certeza de que a mulher não esteja grávida, que não tenha malformação uterina e não existam sinais de infecção.
Seguem algumas informações sobre o assunto, lembrando que cada caso é um caso e, o ideal, é sempre procurar um médico:
- O dispositivo pode incomodar ou doer no útero após a implantação?
No primeiro mês, sim, pois o dispositivo pode ficar mal posicionado e vai se acomodando com o tempo. Depois desse período, incômodos ou dores na região do útero devem ser investigados.
- O DIU pode sair do lugar?
Sim. Porém, são raras as situações, tanto do DIU sair do lugar como também o útero expulsar o dispositivo.
- Na relação sexual, o homem pode sentir o DIU?
Não. O que pode ser sentido pelo parceiro na relação sexual é o fio de nylon que acompanha o dispositivo, se ele for cortado muito curto depois da colocação. Nestes casos, deve-se trocar o DIU.
- Mulheres com doenças crônicas podem utilizar o DIU?
Sim. Mulheres com doença cardíaca valvar, diabetes e câncer de mama, entre outras situações, podem utilizar o DIU de cobre. O dispositivo não aumenta o risco de infecções pélvicas.
- O DIU pode deixar a mulher infértil?
Não. O DIU não provoca infertilidade. Se a mulher quiser engravidar, o DIU pode ser retirado a qualquer momento.
Fonte:Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado de Roraima