Você já parou para observar a sua forma de mexer no celular? A maioria dos jovens abaixa a cabeça para conferir o seu smartphone. Parece simples, mas especialistas alertam para os prejuízos que esse hábito pode acarretar para a saúde.
No Dia do Jovem, 13 de abril, o fisioterapeuta Ronaldo da Silva reforça que uma boa postura é essencial para a nossa saúde, independentemente da idade, mas entre os jovens a postura tem sido cada vez mais comprometida pelo uso excessivo do celular.
“É claro que não inclinamos a cabeça para frente e para trás somente por causa da tecnologia na palma das nossas mãos, mas acontece que hoje em dia a maioria das pessoas passa mais tempo olhando para baixo na direção de uma tela e quanto mais você inclina o pescoço para enxergar a tela do celular, mais pressão você acaba fazendo sobre sua coluna”, alerta o fisioterapeuta.
Em Roraima, o Napsaj (Núcleo de Ações Programáticas da Saúde do Adolescente Jovem) realiza o monitoramento de indicadores para a promoção do cuidado integral à saúde do jovem e do adolescente, entre eles, a redução da gravidez na adolescência na faixa etária de 10 a 19 anos.
“É de suma importância promover ações que garantam a aplicabilidade na prática da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens e, nesse sentido, temos mantido contato com todos os municípios, auxiliando e monitorando as atividades executadas com o objetivo de promover maior atenção à saúde para este grupo”, complementa a gerente em exercício do Napsaj, Mária Cruz.
É preciso ficar atento para evitar problemas ortopédicos
Por conta da pandemia causada pela covid-19, aparelhos tecnológicos (como smartphone e tablets) têm sido grandes parceiros dos jovens na hora de estudar, se comunicar e se entreter dentro de casa, mas o fisioterapeuta faz o alerta: crianças e jovens têm sofrido cada vez mais com dores na coluna.
“Ultimamente temos ouvido falar da geração de pescoço ou cabeça caída, por conta das crianças que desde pequenas têm nas mãos tablets e telefones e essas crianças são acostumadas a ficar com a região cervical caída, ou seja, a cabeça caída em direção ao colo ou um pouco mais para baixo”, destaca o fisioterapeuta.
Segundo Ronaldo da Silva, grande parte dos desvios posturais começa ainda nessa fase de vida e, com o tempo, crianças e jovens vão reclamar cada vez mais de dor na região do pescoço, na cintura escapular, nos ombros e parte posterior da cabeça e a falta de atividade física prejudica ainda mais esse quadro.
“Além de mudar a posição de olhar para o celular, é importante também evitar ficar muito tempo na mesma posição e fazer exercícios de fortalecimento para manter uma postura melhor, sem que haja tanta sobrecarga e compensações para fazer as atividades diárias”, ressalta.
Para cada meia hora no computador é recomendado o mesmo tempo também de atividade física e o ideal é que a tela esteja na mesma altura do campo visual, ou seja, a cabeça em uma posição neutra, não sendo forçada para baixo.
“Sempre que um amigo ou parente estiver sem postura, vale a pena chamar a atenção dele para a correção postural. Isso é quase uma prova de amor, reforçando que manter uma boa postura faz bem para a saúde”, recomenda o fisioterapeuta.
SECOM RORAIMA