Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apontam crescente número de mortes em decorrência de cirurgias plásticas na Venezuela. A morte mais recente foi a da comerciante parintinense Dioneide Leite, de anos 36. Ela ficou por dias internada depois de complicações com procedimentos estéticos na cidade de Puerto Ordaz.
Conforme o presidente do SBCP, Ricardo Góes Figueiras, somente este ano, 13 mulheres perderam a vida após os procedimentos estéticos. O ‘mais em conta’, em comparação aos realizados no Brasil, é o principal atrativo para as mulheres brasileiras.
“Não tem como competir (com os venezuelanos). Se você não cobrar pela equipe médica, não alcança o preço deles. Só o preço hospitalar no Brasil é o valor da cirurgia mais cara de lá”, contou.
Em abril deste ano, representantes da entidade estiveram em Manaus para denunciar que clínicas de estética estariam agenciando pessoas interessadas em cirurgias no país vizinho.
“Tem a internação, os medicamentos, os materiais usados na cirurgia, a sala onde é realizada, toda uma estrutura, que tem custos. O paciente vai escolher pelo preço, mas não pensa nas complicações pela viagem longa, com o material usado. A gente sabe que a Venezuela está em crise, e não sabemos a qualidade do material usado e se isso influenciou no óbito dessa moça. A gente vê um índice de infecção bem elevado”, comentou Góes.
Para a SBCP, a única maneira de evitar que mais pacientes morram em cirurgias na Venezuela é orientar sobre os riscos e que a melhor opção é fazer tudo no Brasil. “No Brasil o profissional precisa fazer seis anos do curso de medicina, mais dois anos de cirurgia geral e mais três anos de cirurgia plástica. Aqui você facilmente sabe se o médico é habilitado, porque tem o site e o aplicativo para smartphones da SBCP, e o site do Conselho Regional de Medicina (CRM)”, destacou o especialista.
Com informações de A Crítica.
FONTE: FOLHA WEB