
A governadora de Roraima, Suely Campos, enviou ofício ao presidente Michel Temer e ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, oficializando o pedido de reforço das Forças Armadas no sistema prisional do Estado e nas fronteiras.O documento foi protocolado no Palácio do Planalto no início da tarde desta quarta-feira, 18, no mesmo dia em que foi publicado o Decreto Presidencial nº 17, que autoriza o efetivo das Forças Armadas atuar dentro dos presídios.Apesar de o decreto restringir a atuação nos presídios, Suely Campos pediu ainda que as Forças Armadas atuem no controle das fronteiras, uma vez que os ilícitos como tráfico de drogas estão diretamente interligados ao crime organizado que praticou essa série de mortes nos presídios brasileiros, sobretudo na Amazônia.”O crime organizado é hoje o principal problema de segurança pública no País. Sem controlar as fronteiras não há como resolver a questão do sistema prisional”, defendeu a governadora.Roraima faz fronteira seca com a Venezuela, por meio da BR-174, e com a Guiana, pela BR-401. São 1.918 quilômetros de fronteira desguarnecidos e que servem a rotas internacionais de tráfico de drogas e outros ilícitos transfronteiriços.No sistema prisional de Roraima, 35,32% dos reeducandos estão presos por tráfico de drogas.
ATUAÇÃO – Segundo o decreto, as Forças Armadas podem atuar em operações de detecção de aparelhos celulares, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos dentro dos presídios brasileiros.Em dezembro de 2015, homens do Exército auxiliaram as forças de segurança de Roraima em revista na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, usando detectores de metal para rastrear celulares escondidos no presídio.