Ahmad Khan Rahami foi preso na segunda-feira depois de trocar tiros.
Com Ahmad, polícia encontrou diário no qual ele louvá-la Osama bin Laden.
1988, mas, com 12, se mudou para EUA
(Foto: Union County Prosecutor’s Office/AP)
O advogado do americano de origem afegã que foi acusado pelas explosões em Nova York e no estado vizinho da Nova Jérsei, no final de semana, pediu a um juiz federal que marque sua primeira aparição diante do tribunal para esta quarta-feira (21), possivelmente em sua cama de hospital.
Ahmad Khan Rahami, de 28 anos, foi preso na segunda-feira depois de trocar tiros com a polícia em Linden, Nova Jérsei. Atualmente, ele está internado em um hospital de Newark, também em Nova Jérsei, onde pode ser acusado formalmente se não puder se dirigir à Corte Distrital de Manhattan, disse seu advogado.
“A Sexta Emenda (da Constituição dos EUA) exige que ele tenha acesso a aconselhamento a respeito das acusações federais, e que seja apresentado sem demora”, disse David Patton, chefe da defensoria pública federal da cidade de Nova York.
Patton também pediu para se encontrar com Rahami nesta quarta-feira. A polícia afirmou que ainda não conseguiu interrogar o suspeito.
Promotores federais afirmaram que Rahami feriu 31 pessoas no movimentado bairro nova-iorquino de Chelsea com uma bomba caseira que detonou na noite de sábado, um caso que as autoridades veem como um ato de terrorismo.
Rahami ainda está sendo acusado de plantar bombas que explodiram em Seaside Park, Nova Jérsei, e em sua cidade-natal de Elizabeth, no mesmo estado, mas que não deixaram feridos. Ele enfrenta acusações de promotores federais nos dois Estados.
“Inshallah (se Deus quiser), o som das bombas será ouvido nas ruas”, escreveu Rahami em um diário que levava quando foi preso, de acordo com os promotores. “Tiros contra sua polícia. Morte à sua opressão.”
Os promotores federais retrataram Rahami, que foi para os EUA ainda criança e se naturalizou, como alguém que adotou visões de militantes islâmicos, que implorava pelo martírio e que expressava revolta com o “massacre” norte-americano de combatentes muçulmanos no Afeganistão, no Iraque, na Síria e na Palestina.
Em outras partes de seu diário, Rahami louva o “irmão” Osama bin Laden, líder da Al Qaeda morto em uma operação dos EUA no Paquistão em 2011; Anwar al-Awlaki, clérigo muçulmano nascido nos EUA e destacado propagandista da Al Qaeda morto por um ataque de drone (aeronave não-tripulada) dos EUA no Iêmen em 2011, e Nidal Hasan, psiquiatra do Exército norte-americano que matou 13 pessoas a tiros e feriu 32 em Fort Hood, no Texas, em 2009.
FONTE: G1