Roraima, segundo a Polícia Civil, não fabrica drogas, a entrada se dá principalmente pelas fronteiras, Guiana e Venezuela
Como forma de combater o tráfico de entorpecentes, a PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do Denarc (Departamento de Narcóticos) e DRE (Delegacia de Repressão ao Entorpecente) destruiu na manhã desta terça-feira (28), 82,476 kg entre maconha e cocaína.A incineração ocorreu na Cerâmica Kotinscki, no bairro 13 de Setembro.A diretora do Denarc, Catherine Saraiva, disse que a apreensão das drogas é oriunda de 92 procedimentos realizados na DRE e demais unidades da Capital, nos anos de 2017 e 2018.
Segundo ela, parte da destruição dos entorpecentes foi previamente autorizada pela Justiça e outras foram relacionadas e solicitadas as autorizações para a queima, tendo sido deferidas.A diretora destacou ainda que para a queima do material, a Polícia Civil conta com a presença do Ministério Público, Vigilância Sanitária, Delegacia Geral, Escrivão.
“São entorpecentes apreendidos pela ação da Polícia Civil, tanto no tráfico, quanto no microtráfico. Este ato representa o trabalho da Polícia no combate ao tráfico e hoje concluímos mais uma etapa nesta ação, que visa promover um ambiente de paz para a sociedade, sem drogas”, destacou a diretora.
DADOS – Em 2017, a DRE efetuou a prisão de 60 pessoas, sendo 17 mulheres e 43 homens e apreendeu 21,743 kg de drogas – 15,119 kg de cocaína, 6,623 kg de maconha.
Este ano, foram 36 pessoas presas, sendo 15 mulheres e 21 homens. Do total, foram apreendidos 23,525 kg de entorpecentes, sendo 15,460 kg de cocaína e 8,065 de maconha.Pelo menos 60 pontos de vendas de drogas foram eliminados pelos policiais, que trabalham no enfrentamento ao tráfico de drogas desde janeiro de 2017 até hoje.
As investigações policiais culminaram no ano de 2017 em 30 APFs (Autos de Prisão em Flagrante), 16 mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão. Já neste ano de 2018, foram lavrados 16 APFs e nove mandados de prisão.
A equipe da DRE apreendeu também em 2017, um total de 18 veículos, uma arma de fogo e a quantia de R$ 75 mil, proveniente do tráfico de entorpecentes. Em 2018 foram 12 veículos apreendidos, quatro de armas de fogo e a importância de R$ 81 mil.
Entorpecentes vêm da Venezuela e Guiana
A delegada geral de Polícia Civil, Giuliana Castro, destacou que Roraima não é produtor de entorpecentes e que a entrada no estado tem sido pelas fronteiras, tanto com a Venezuela, quanto com a Guiana.Giuliana afirmou que há uma necessidade extrema de o Governo Federal investir em mais segurança nas fronteiras, para coibir a atuação dos traficantes.
“Independente do apoio Governo Federal, a Polícia Civil vem cumprindo sua missão que é investigar e esclarecer crimes. Essa destruição de entorpecentes representa esse trabalho. Foram várias ações realizadas de enfrentamento ao tráfico de entorpecentes em Roraima. Temos uma equipe que não tem medido esforços para enfrentar, de forma qualificada o crime. Temos recebido suporte da governadora Suely Campos, para desenvolvermos todas essas ações. Mas, é de extrema importância esse trabalho, pelo Governo Federal, nas fronteiras”, destacou a delegada geral.
Ela destacou ainda que a informação é a principal matéria prima da Polícia para identificar criminosos e desarticular suas ações e, para isso, é necessário o apoio do cidadão. “Temos o telefone do Disque-Denúncia 181 para que a sociedade possa denunciar pontos de vendas de drogas e a atuação de traficantes. A Polícia Civil conta com o cidadão de bem. Toda denúncia que chega até nós é investigada e a pessoa não precisa se identificar. O trabalho de combate às drogas é complexo, mas a Polícia Civil tem procurado atender a demanda e aos anseios da sociedade que quer um ambiente de paz”, destacou Giuliana Castro.
ASCOM POLÍCIA CIVIL
Foto: Samuel Brandão
