A proposta observa os efeitos do decreto de calamidade pública por conta da Covid19

A pandemia da COVID-19 tem resultado em efeitos amargos para a economia, a exemplo do turismo que sofreu abrupta parada, impactando mais de 50 setores que mantém relação direta e indiretamente, causando prejuízos significativos no setor.
Diante do estado de calamidade pública em todo território de Roraima e acompanhando o cenário nacional e internacional que se desenha, a Seplan (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento), por meio do Detur (Departamento de Turismo), elaborou um plano de retomada da atividade turística, com ações de fortalecimento e promoção desta área do comércio, aliadas aos cuidados necessários no combate ao novo Coronavírus.
Por meio de videoconferência, o plano foi apresentado ao Fórum Estadual de Turismo nesta sexta-feira, 8, com a participação de todos os conselheiros, que sinalizaram muito positivamente e decidiram favorável ao documento. O texto propõe que a retomada das atividades aconteça de forma gradual, com previsão a partir da segunda quinzena de junho, mas observando os efeitos do decreto de calamidade, ou seja, após a cessação dos efeitos do decreto e a queda da COVID-19.
Segundo o diretor do Detur, Bruno Muniz, desde o início da pandemia o departamento acionou a medida 7 do PPA (Plano Plurianual), que se refere a ações de mitigação de crises, combate à crise e seus impactos no turismo, os impactos multidimensionais (econômico, social, ambiental e cultural), além do impacto político também diante dessa situação.
“Nós fizemos uma pesquisa para subsidiar decisões. Apresentamos essa pesquisa para o grupo de empresários que fazem parte do movimento de turismo mesclado, que reúne diversos segmentos do setor no Estado. Esse grupo fez apontamentos, direcionou algumas ações, várias ideias surgiram e isso possibilitou a construção do plano, que foi pautado em ações mitigadoras, obviamente de uma maneira mais operacional, que é como os meios de hospedagem, as agências transportadoras, todo o trade turístico tem que se adequar daqui para a frente”, disse.
O plano segue um rol de medidas efetivas que tem por objetivo não só promover ações que acelerem a retomada do turismo em Roraima, como também impedir o contágio da doença nas atividades envolvidas com o setor. Tais medidas foram concebidas de acordo e em razão das especificidades de cada área, além de oferecer todos os cuidados na forma que serão conduzidas.
Durante a videoconferência, o secretário de Planejamento, Marcos Jorge, aproveitou para pontuar o trabalho que vem sendo feito junto às instituições de crédito, para que se tenha uma melhor oferta ao trade turístico do Estado.
“Nós estivemos em diálogo na última semana com o Banco da Amazônia, que por sinal nos informou que as parcelas para aqueles que já possuem operações junto ao banco foram suspensas, com retorno de pagamento somente para janeiro do ano que vem, possibilitando um espaço de tempo para que as empresas tenham um pouco de fôlego. E inclusive, liberando novas operações de crédito para quem desejar tomar por meio do plano do FNO Emergencial, com 2,5% de juros ao ano. São medidas que temos intermediado para que nossos empresários e empreendedores possam manter seus negócios para a garantia de renda e sobrevivência”, afirmou.
A outra novidade mencionada pelo titular da Seplan diz respeito ao recurso liberado pelo Governo Federal que garante R$ 5 bilhões ao Fundo Geral do Turismo, direcionado para empresas que estejam devidamente cadastradas no Cadastur (Sistema Nacional de Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos).
O secretário reiterou ainda que o Governo tem empreendido os melhores esforços para auxiliar o setor turístico de Roraima e que tão logo que passe a pandemia, será realizado o Salão de Turismo. Também informou que já foi autorizado pelo governador Antonio Denarium o processo licitatório para a recuperação da estrada que dá acesso a um dos maiores cartões postais do Estado, o Tepequém.