Juan Bautista Veliz ficou tetraplégico após cair de uma árvore e ao ser internado no HGR, teve diagnóstico de problema no coração O venezuelano Juan Bautista Veliz, de 49 anos, está passando por uma série de avaliações médicas em Recife, capital de Pernambuco, e ainda neste mês fará uma cirurgia cardíaca de alta complexidade que pode salvar a vida dele. O procedimento será possível graças ao apoio do Estado que além de providenciar o TFD (Tratamento Fora de Domicílio), disponibilizou a UTI Aérea para transporte do paciente, uma vez que a condição clínica dele não permitia que o trajeto fosse feito em voos convencionais.Esta foi a primeira remoção deste ano por meio da UTI Aérea. No ano passado, outras 15 pessoas foram assistidas, com suporte de uma equipe formada por um piloto, um copiloto, um médico e um enfermeiro. Os equipamentos e instrumentos, com tecnologia de ponta, são disponibilizados a bordo das aeronaves de acordo com as necessidades de cada paciente.O paciente foi encaminhado para o IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), na capital pernambucana para realizar uma cirurgia cardíaca de alta complexidade que não está disponível no Estado. Nesta semana estão sendo realizadas as avaliações e exames pré-operatórios necessárias para a concretização do procedimento, o que deve ocorrer ainda neste mês.Juan Bautista Veliz ficou tetraplégico após cair de uma árvore, de uma altura de 11 metros, na Venezuela. Ele foi encaminhado para o HGR (Hospital Geral de Roraima), pois os hospitais do seu país de origem não tinham condições de atendê-lo. Ao ser internado, o paciente foi diagnosticado com uma bactéria na válvula mitral do coração. “Fico muito feliz pelo meu irmão estar recebendo esse tratamento aqui em Roraima, pois não existe nada disso em nosso país”, relatou Edgar Bautista, irmão de Juan.
PERMANÊNCIA NO PAÍS – Segundo o diretor do Departamento de Regulação da Sesau, José Deodato de Aquino, o Estado oferece total assistência ao paciente removido, independente de sua nacionalidade. No entanto, para atender a demanda do paciente estrangeiro, o setor esbarrou em algumas dificuldades relacionadas à permanência no país.
“O paciente deu entrada no HGR apenas com o documento de identificação venezuelano, por isso nos preocupamos com o que aconteceria caso ele fosse enviado para outro Estado sem o visto de permanência emitido pela Polícia Federal, então fomos até eles e explicamos que era um caso de urgência médica, só assim conseguimos atender a solicitação do tratamento fora de domicilio”, esclareceu Deodato.
SECOM RR
Foto: Neto Figueredo