Antonio Denarium requisitou informações sobre o patrimônio da Companhia
Um panorama geral sobre a atual situação da Cerr (Companhia Energética de Roraima) foi tratado em reunião entre o governador Antônio Denarium, o presidente da empresa, Francisco Fernandes de Oliveira e equipe técnica na tarde desta quarta-feira, dia 23.
O foco do encontro foi a valoração dos ativos da Cerr. Desde 1º de janeiro de 2017, a empresa deixou de operar nos 14 municípios de Roraima após a perda da concessão pelo MME (Ministério de Minas e Energia), mas precisa receber o valor investido durante os 47 anos de atuação no mercado.
O levantamento patrimonial homologado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), avaliado em mais de R$ 300 milhões, foi incluído no edital de leilão da Eletrobras Distribuição Roraima, para que a empresa vencedora faça a indenização pelo patrimônio da Companhia.
“Estamos passando por acerto de contas e temos que receber o que é direito do Estado de Roraima. O patrimônio precisa ser valorizado por um preço de mercado, não podemos deixar que o patrimônio da Cerr seja extinto sem uma indenização justa”, enfatizou Denarium.
Dirigentes da empresa já iniciaram a rodada de negociação com a Roraima Energia e aguarda o recebimento dos ativos. Para que a Cerr seja liquidada é necessário sanear dívidas. Está prevista outra reunião na próxima semana, no Rio de Janeiro (RJ), com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
A dívida da Cerr com a estatal gira em torno de R$ 47 milhões, referente ao fornecimento de combustível utilizado em geradores da Cerr quando a empresa ainda operava. “Faz parte do plano quitarmos as dívidas antigas com a Petrobrás”, ressaltou Francisco Fernandes.
SERVIDORES – Quanto aos servidores, o governador pontuou que o Estado não tem mais como arcar com as despesas da empresa, que perdeu funcionalidade. Segundo ele, o Estado está sob calamidade financeira e se fazem necessários ajustes no quadro de pessoal.
“A empresa perdeu arrecadação e não tem mais como se manter. Estamos negociando a transferência de servidores para outras secretarias. Aqueles que não for possível a alocação, serão desligados recebendo as justas indenizações”, garantiu o presidente da Companhia.
ASCOM CERR
Foto: Carlos Vieira