Os agricultores indígenas iniciaram em Boa Vista a colheita do milho em grãos. A ação aconteceu na comunidade Serra do Truarú, na terra indígena Serra da Moça e faz parte do projeto de fomento da agricultura familiar nas comunidades, executado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAI).
A colheita é feita pelos de forma manual. Depois, as espigas de milho são separadas e depositadas em um implemento chamado de debulhadora ou trilhadeira, que separa as cascas e o sabugo do grão. Após esse processo, o milho é ensacado e fica pronto para ser comercializado.
De acordo com o secretário municipal Marlon Buss, a proposta das ações da Smai nas comunidades indígenas é a mais nobre possível. “Nossa missão é oferecer condições para que eles produzam mais e melhor e assim tenham qualidade na alimentação. Estamos contentes com os resultados obtidos com essa nossa parceria com os agricultores indígenas e é gratificante ver a alegria no semblante de cada um”, disse.
O agricultor Augusto Maruai contou que acompanha todo o trabalho desde o início e sente-se orgulhoso de ver a evolução da lavoura de milho. “Nós conseguimos praticamente dobrar a quantidade de milho na nossa lavoura e já estamos guardando recursos para reinvestir e aumentar ainda mais a produção no próximo ano”, concluiu.
Maria de Lurdes da Silva disse que nunca tinha visto uma lavoura tão bonita e tão farta. “Nós sempre plantamos aqui na comunidade. Mas agora, com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, o milho está mais bonito. Nossos animais têm garantido o alimento para o ano todo e estamos comemorando a fartura na alimentação da comunidade”, frisou.
Picos de produtividade – Há pouco mais de um mês, uma equipe da Smai juntamente com profissionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal de Roraima (UFRR) coletaram amostras em três pontos das lavouras das comunidades para estimar os picos de produtividade de milho. A quantidade colhida na Serra do Truaru foi de 207 sacas de 50 kg, o que rendeu à comunidade o recorde de produtividade.
Jornalista: Emanuele Pasqualotto