Avaliados sob a ótica de dez áreas-chave, AM, RR, AP, PA, TO, RO e AC não tiveram melhoras significativas no desempenho geral
Os sete estados do Norte, maior região em extensão territorial do país, não tiveram melhora significativa no desempenho geral avaliado pelo Ranking de Competitividade dos Estados. O Amazonas foi o único estado a subir uma posição em relação à 2018, ficando em 16º lugar; Amapá e Acre mantiveram a mesma posição no Ranking, 24º e 27º, respectivamente; Rondônia e Tocantins caíram quatro posições e finalizaram o ano em 18º e 19º, respectivamente; Roraima também registrou piora nos indicadores, caindo do 18º lugar em 2018 para 21º em 2019; e o Pará caiu duas posições, ficando em 25º.
Desenvolvido pelo CLP – Liderança Pública, o Ranking é uma ferramenta de avaliação da gestão pública no Brasil e tem como missão prover diagnósticos de áreas essenciais da administração pública. Para isso, analisa 69 indicadores distribuídos por dez áreas-chave: Sustentabilidade Ambiental, Capital Humano, Educação, Eficiência da Máquina Pública, Infraestrutura, Inovação, Potencial de Mercado, Solidez Fiscal, Segurança Pública e Sustentabilidade Social.
Em 2019, o grande destaque da região é a piora do quesito Sustentabilidade Ambiental, com queda significativa na comparação com os resultados de 2018. Tocantins foi o único estado a registrar melhora no pilar subindo três posições e ficando em 19º lugar. Roraima, Amapá, Amazonas, Acre, Pará e Rondônia ficaram em 9º, 16º, 18º, 23º, 25º e 27º lugar, respectivamente. Os indicadores analisados para compor o pilar de Sustentabilidade Ambiental são: Emissões de CO², Serviços Urbanos, Destinação do Lixo, Tratamento de Esgoto e Perda de Água.
Confira os destaques de cada estado do Norte:
Amazonas
A expressiva melhora nos pilares Solidez Fiscal, Potencial de Mercado e Inovação foram os destaques positivos do Estado. Em Solidez Fiscal, o Amazonas ficou em primeiro lugar.Em Inovação, a unidade federativa saiu da 13ª posição em 2018 para o 5º lugar em 2019; e em Potencial de Mercado subiu três posições alcançando a nona colocação.
No entanto, além da queda acentuada no quesito Sustentabilidade Ambiental, o estado também registrou declínio nos indicadores que compõem o pilar Eficiência da Máquina Pública. O pilar leva em consideração a Eficiência do Judiciário, o Custo do Executivo/PIB, o Custo do Judiciário/PIB, Custo do Legislativo/PIB e o Índice de Transparência. Nesse pilar Amazonas caiu duas posições, ficando em 19º em 2019.
Roraima
Em Roraima, o destaque positivo também foi a expressiva melhora nos pilares Solidez Fiscal, Potencial de Mercado além de alguma melhora em Inovação. O estado ficou em primeiro lugar no pilar Potencial de Mercado. A nota desse pilar é composta pela análise dos dados referentes ao Tamanho de Mercado, Taxa de Crescimento e Crescimento Potencial da Força de Trabalho. Já em Solidez Fiscal, RR subiu nove posições, ficando em 15º lugar; e em Inovação saiu da 23ª posição em 2018 para o 20º lugar em 2019.
Em contrapartida, nas áreas de Sustentabilidade Ambiental e Segurança Pública, Roraima teve queda significativa. No pilar de Sustentabilidade Ambiental o estado caiu sete posições, ficando em 9º lugar. Já em Segurança Pública caiu uma posição e ficou em 27º, último lugar.
Amapá
Potencial de Mercado, juntamente com Sustentabilidade Ambiental, foi o grande destaque negativo do estado. Levando em consideração os itens que compõem o pilar de Potencial de Mercado (Tamanho de Mercado, Taxa de Crescimento e Crescimento Potencial da Força de Trabalho), o Amapá caiu onze posições no pilar, ficando em 21º lugar.
Enquanto isso, a unidade federativa subiu dez posições no quesito Inovação, ficando em 15º, e 18 posições no pilar Capital Humano, ficando em 3º lugar.
Pará
Eficiência da Máquina Pública, juntamente com Sustentabilidade Ambiental, foi o grande destaque negativo do estado. Levando em consideração os itens que compõem o pilar de Eficiência da Máquina Pública (Eficiência do Judiciário, o Custo do Executivo/PIB, o Custo do Judiciário/PIB, Custo do Legislativo/PIB e o Índice de Transparência), o Pará caiu nove posições nesse pilar, ficando em 16º lugar.
Enquanto isso, o Pará manteve a 4ª posição no pilar Solidez Fiscal. A boa performance nesse pilar tem sido uma constante do PA.
Tocantins
Último lugar no Ranking no quesito Eficiência da Máquina Pública há três anos, Tocantins registrou melhora na área e subiu quatro posições, ficando em 23º lugar.
Nos pilares de Educação e Sustentabilidade Social o Estado manteve a 13ª posição e registrou leve queda em comparação ao ano anterior no quesito Potencial de Mercado, ocupando o 5º lugar.
Rondônia
Um dos grandes destaques de Rondônia foi o desenvolvimento no quesito Solidez Fiscal, no qual o Estado saltou 14 posições, saindo da 17ª posição em 2018 para a 3ª em 2019. O pilar de Inovação também registrou melhora significativa, um crescimento de onze posições finalizando o ano em 16º lugar. A nota deste indicador é composta pela análise dos dados referentes aos Investimentos Públicos em P&D, Patentes, Bolsa de Mestrado e Doutorado e Empreendimentos Inovadores.
Em contrapartida, nas áreas de Segurança Pública e Infraestrutura, Rondônia teve queda significativa. No pilar Infraestrutura o estado caiu sete posições, ficando em 13º lugar. Já em Segurança Pública caiu ainda mais, da 5ª para a 13ª posição.
Acre
O grande destaque do Estado é a melhora no pilar Capital Humano composto pelos seguintes indicadores: Custo de Mão de Obra, Pessoas Economicamente Ativas com Ensino Superior, Produtividade do Trabalho e Qualificação dos Trabalhadores. O Acre subiu nove posições, ficando em 16º lugar.