Corpos passarão por exames e perícia para identificação no IML.
Garimpeiros mortos em área indígena foram atacados a flechadas.
Os corpos de seis garimpeiros mortos na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, chegaram a Boa Vista na tarde desta segunda-feira (21). O local onde os corpos foram encontrados ainda não foi informada.
Conforme a Associação dos Povos Indígenas de Roraima Hwenama, os garimpeiros foram atacados a flechadas durante um confronto com os Yanomami da comunidade Xereu II na região de Homoxi. Ainda não se sabe o que gerou o conflito.
Garimpeiros mortos no sentido horário: LeandroRodrigues, Raimundo Oliveira dos Santos,
Raimundo da Silva e Rarisson da Silva Pereira
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica em Roraima)
“Todo o material recolhido foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde passará por exames e perícia para identificação”, informou em nota o Governo do estado, que enviou uma força-tarefa ao local do conflito para fazer o resgate dos corpos.
O presidente da associação, Júnior Hekuari, disse que o confronto ocorreu no dia 1º de novembro, mas as mortes só foram confirmadas na última segunda-feira (14).
A equipe enviada para o resgate foi composta por integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Polícia Federal, Associação dos Povos Yanomami de Roraima, legistas do Instituto de Criminalística do estado e um policial militar.
“A Polícia Federal é o órgão responsável pelo processo de investigação das mortes dos garimpeiros, e quem poderá fornecer mais detalhes a respeito da causa dos óbitos”, afirmou ainda a nota enviada pelo governo.
Hudson Fabio Monteiro também está entre osgarimpeiros mortos na Terra Indígena Yanomami
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica em Roraima)
Identidades dos garimpeiros
Segundo familiares, os seis garimpeiros mortos foram identificados como: Raimundo Oliveira dos Santos, Hudson Fábio Monteiro, Leandro Rodrigues de Oliveira, Rarisson da Silva Pereira, Raimundo da Silva e Arthur Machado Cardoso. Eles atuavam ilegalmente na região.
Francisca Belo, esposa de uma das vítimas, contou à Rede Amazônica em Roraima que os garimpeiros tinham uma boa relação com os índios.
“Eles viviam amigavelmente. Às vezes, o tuxaua almoçava e dormia no mesmo barracão que eles”, afirmou Francisca Belo.
FONTE : G1
