Irreconhecível no primeiro set, quando chegou a perder por 9/0, seleção se acerta em quadra e vence de virada. Último adversário da etapa de Ancara será a Turquia
O placar apontava 9/0. A Bélgica não acreditava. O Brasil estava irreconhecível, mostrando uma fragilidade incomum. Depois do susto no primeiro set, a seleção retomou a concentração, se impôs e bateu pela segunda vez as belgas no Grand Prix 2016: 3 a 1 (13/25, 25/19, 25/16 e 25/18). O triunfo deste sábado, em Ancara, foi o sexto em oito jogos. E deu à seleção a vaga na fase final do torneio, que terá Bangcoc como sede.
Jaqueline foi a maior pontuadora com 17 acertos. Do outro lado, Lise Van Hecke caiu de produção, mas ainda terminou com 16. O último compromisso das meninas antes da etapa decisiva na Tailândia será neste domingo contra a Turquia, às 11h30 (de Brasília). O SporTV transmite e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
O jogo
O Brasil começava mais uma vez com formação diferente. Tandara saía pela primeira vez como titular no lugar de Sheilla e Camila Brait voltava. Mas o time não teve nem tempo de respirar. Não se encontrava na recepção, cometia erros no ataque e via a Bélgica abrir rapidamente 9/0. Thaisa fazia o placar andar para a seleção. As rivais administravam a confortável frente construída e se empenhavam no bloqueio. Paravam Thaisa em um deles e ainda contavam com a segunda invasão de Tandara para fazer 19/8. As bicampeãs olímpicas não reagiam e perdiam o primeiro set: 25/13.
Aos pouquinhos, a equipe ia se arrumando e entrando nos eixos. O saque passava a quebrar o passe das adversárias, Jaqueline garantia seu terceiro ponto de bloqueio (dos quatro no fundamento até aquele momento) e emendava com dois acertos seguidos no ataque (11/6). O Brasil soltava seu jogo, Zé Roberto fazia a inversão e testava Adenízia como oposta. Central de oficio, demonstrava dificuldade na posição. As belgas cortavam a diferença, mas não evitavam o empate: 25/19.
Jaqueline seguia fazendo a diferença. Quando a Bélgica ameaçava se aproximar, Dani Lins acionava a ponteira (13/10). Fernanda Garay também se apresentava e virava as bolas. A seleção ditava o ritmo e tirava proveito da boa passagem de Gabi pelo saque para assegurar a virada na partida: 25/16.
As rivais iam para o tudo ou nada. Apostava na reserva Britt Herbots para tentar levar o confronto para o tie-break. Ela fazia sua parte e deixava as ações equilibradas. As brasileiras tinham apenas dois pontos de vantagem (15/13) e os olhos bem atentos à ponteira de 17 anos. A seleção fazia boas defesas, vencia os ralis e fugiam no placar. Depois de ter desperdiçado quatro chances de fechar a partida, o Brasil pôde comemorar a nova vitória: 25/18.
Por GloboEsporte.comAncara
