A prefeitura de Boa Vista instalou há quase duas semanas ovitrampas e estações disseminadoras em 10 bairros da capital para detectar os locais de maior foco do mosquito Aedes aegypti e combater a proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito na capital. Todo o material recolhido das armadilhas já está em análise no laboratório da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses.
Essa é uma estratégia inovadora, realizada em parceria com a Fiocruz-AM. No último dia 30, os agentes e técnicos de saúde coletaram as 300 ovitrampas instaladas em algumas casas dos bairros Asa Branca, Buritis, Caimbé, Cambará, Cinturão Verde, Liberdade, Pricumã, Jardim Primavera, Santa Tereza e Tancredo Neves.
“Esta é uma fase importante onde estamos fazendo a análise das palhetas e larvas recolhidas nas armadilhas coletadas em campo. A principio, já detectamos amostras positivas para dois gêneros do Aedes, o Aegypti e Albopictus, também transmissor da zika, dengue e chikungunya”, destaca Samuel Garça, biólogo e um dos coordenadores do projeto.
O resultado final das análises está previsto para ser divulgado em agosto. As ovitrampas são recipientes com palhetas e água onde as fêmeas do Aedes depositam seus ovos. A contagem dos ovos em laboratório permite a verificação da infestação do mosquito naquele local. Essa estratégia permite nortear, através do resultado das análises, medidas de controle em toda aquela área.
Estações disseminadoras de larvicidas (EDL) – a outra estratégia utilizada no projeto são as estações disseminadoras que funcionam como uma armadilha com larvicida. Quando a fêmea do Aedes Aegypti passa por elas, fica impregnada com a substância e a leva até o criadouro disseminando este larvicida. Assim, eliminam-se as larvas até mesmo em focos não identificados pela população e pelos agentes de saúde.
As 3 mil unidades foram instaladas há uma semana e devem passar por manutenção na primeira semana de julho. Os agentes vão até as casas para inserir novamente larvicida e completar a quantidade de água nas vasilhas. Juntamente com a manutenção das disseminadoras, eles vão instalar novamente outras ovitrampas.
Os resultados do projeto são esperados com muita expectativa tanto pelos agentes como coordenadores. “Já tivemos resultados muito bons em Manaus, esperamos e acreditamos que Boa Vista, como capital piloto terá um sucesso, satisfatório, mas ainda assim, continuamos solicitando a ajuda da população pra manter os quintais limpos. Nossos agentes também continuam em campo, visitando as casas, orientando a população, eliminando os focos do mosquito”, alerta Samuel.
Além dessa nova estratégia, a prefeitura continua trabalhando com os agentes e técnicos, com visitas nas residências, orientando a população, eliminando focos e fazendo um trabalho educativo com palestras nas escolas. “O inverno é um período propício para a proliferação do mosquito, por isso não paramos as ações”, afirma o biólogo e coordenador do projeto.
Assessoria