A segurança na fronteira entre Brasil e Venezuela será reforçada com inteligência artificial para fortalecer o combate a crimes como contrabando, descaminho, tráfico de drogas e armas. A ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o Governo de Roraima assinaram nesta terça-feira, 13, o memorando de entendimentos para a implantação, até o final do mês de novembro, do programa Fronteira Tech no município de Pacaraima.
A iniciativa visa tornar o monitoramento da fronteira mais tecnológico, com a utilização de uma rede de iluminação pública inteligente com câmeras de vigilância integradas, sobre as quais o operador recebe informações em tempo real, GPS e software de reconhecimento facial.
O governador Antonio Denarium afirmou que os equipamentos serão instalados na base da Receita Federal na fronteira; na Polícia Federal, no posto fiscal; na rodoviária e nas principais ruas de Pacaraima. Ele ressaltou que o Fronteira Tech vai auxiliar ainda mais na redução dos índices de violência no Estado.
“Roraima já foi destaque nacional na redução de crimes nos últimos dois anos. Com essa tecnologia, vamos reduzir ainda mais esses números. A partir da identificação das placas e dos rostos, vamos poder fazer um levantamento em tempo real e identificar foragidos da justiça e carros roubados”, disse o governador.
Com a implantação do Fronteira Tech, a previsão é que cerca de 10 empresas se instalem na região, gerando pelo menos 200 empregos diretos. “Nos próximos dias vamos assinar as ordens de serviço e, até o final de novembro, o programa vai entrar em funcionamento”, disse Calvet.
O Fronteira Tech ainda conta com câmeras de sensoriamento do tipo Speed Dome nos postes e nas entradas e saídas da fronteira, além de câmeras fixas em pontos estratégicos para armazenamento e processamento de imagens e dados. Também serão utilizadas câmeras de reconhecimento de placas de veículos, software de reconhecimento de placas e drone com câmera termográfica.
INVESTIMENTO – Segundo o presidente da ABDI, Igor Calvet, serão investidos R$ 3,1 milhões para a instalação e manutenção dos equipamentos, além da licença dos softwares por três anos. “É a nossa missão promover a adoção e a difusão de tecnologias com o objetivo de melhorar a vida das pessoas e, ao mesmo tempo, estimular toda a cadeia produtiva associada”, explicou.
Todo o controle será feito por um centro operacional, instalado na fronteira, e operado com apoio dos órgãos de segurança pública e inteligência federais. O uso das tecnologias vai gerar informações em tempo real, o que deverá impactar de imediato no serviço prestado pelos órgãos de segurança e inteligência na região. Esta será a segunda experiência do Fronteira Tech, que funciona desde o ano passado também na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (Paraná), fronteira do Brasil com o Paraguai.
SECOM RORAIMA