Ciente dos possíveis gaps vivenciados por alguns estudantes durante o isolamento social, escola paulistana inicia projeto com foco em mitigar o déficit ocasionado na pandemia e também em diagnósticos específicos, como dislexia e questões com concentração
Com o início da pandemia e a inserção do ensino remoto, uma das maiores preocupações dos educadores e familiares foi o impacto que esse distanciamento do ambiente escolar pudesse causar na aprendizagem dos alunos. A pesquisa “Perdas de Aprendizagem na Pandemia”, realizada pelo Insper em parceria com o Instituto Unibanco, mostra que estudantes ao final do 3º ano do Ensino Médio apresentaram uma perda de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática de cerca de 75%, sendo 35% na primeira e 40% na segunda. De acordo com o mesmo levantamento, a retomada do ensino presencial ou híbrido no 2º semestre de 2021 pode proporcionar uma redução de 10% a 20% da perda, caso as instituições realizem projetos voltados para essa recuperação o ganho pode ser ainda maior, chegando a 35-40%.
Após uma semana da reabertura das escolas em diversos estados do Brasil, algumas instituições já estão implementando iniciativas para reduzir os possíveis gaps de aprendizagem. Como é o caso da Camino School, escola referência localizada na zona oeste de São Paulo, que deu início ao semestre letivo na primeira terça-feira de agosto, 3/8, recebendo presencialmente seu time de estudantes e professores na sua sede. Ciente das lacunas que a pandemia do novo coronavírus possa ter causado, a instituição está realizando dois projetos complementares ao currículo: o Learning Support e o Learning Center. O primeiro deles, intitulado Learning Support, é promovido a fim de dar uma atenção especial àqueles que passaram por algum déficit de aprendizagem ocasionado pela pandemia. O segundo, batizado como Learning Center, tem foco em estudantes que tenham algum tipo de diagnóstico, como dislexia ou questões relacionadas à concentração. De acordo com Ana Paula Martins, coordenadora pedagógica da Camino School, o Learning Support prevê sessões complementares antes das 8h ou depois das 15h30 – justamente os períodos pré-classe e pós-classe, respectivamente. “As aulas ocorrem de quatro a cinco vezes por semana, com destaque para linguagens (português, inglês e espanhol) e matemática. Contamos com um amplo aparato pedagógico”, destaca. Para as duas medidas de suporte educacional, a Camino School emprega sua metodologia – a aprendizagem ativa – que insere o estudante no centro no processo de aprendizagem, por meio de projetos, batizados como Expedições. “A performance cognitiva de cada um(a) é observada bem de perto por todo o time da escola”, acrescenta Martins. A preocupação com o bem-estar, neste estágio de retomada, contempla todas as partes envolvidas. Os professores estão recebendo o apoio da escola, com acompanhamentos individuais e em grupo. Além da testagem coletiva e protocolos de prevenção, os profissionais têm total abertura para se manifestar quão confortáveis estão com esta nova fase escolar. A proposta é que essa transição para a rotina presencial ocorra de uma maneira horizontal. Camino Education – Como um ecossistema educacional que integra educadores, gestores, pais e estudantes, a Camino Education tem a missão de enriquecer a Aprendizagem para milhões de alunos, com a aspiração de transformar aulas tradicionais em experiências de aprendizagem inesquecíveis, de alta qualidade educacional e engajamento significativo dos educadores e dos alunos, por meio da Aprendizagem Ativa. A Cloe, plataforma digital completa de Aprendizagem Ativa desenvolvida pela Camino Education, a Camino School, escola de referência em São Paulo, e o Centro Camino de Aprendizagem Ativa, centro de formação de educadores, compõem esse ecossistema. A Camino Education é a primeira Edtech brasileira a compor a comunidade Global Innovators do World Economic Forum e está entre as 100 Edtechs mais inovadores da América Latina, segundo o ranking 2020 LATAM 100 Edtechs anual. |
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Fonte: Mira Comunicação
Juliana Miranda |