Competição reuniu alunos das três séries do Ensino Médio
Estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Ayrton Senna participaram, na manhã deste sábado, 13, no Parque Anauá, de uma competição de lançamento de foguetes de garrafa PET. A atividade envolveu alunos das três séries do nível médio e serviu também como treinamento para a equipe que participará em novembro deste ano, no Rio de Janeiro, da Mostra Brasileira de Foguetes.
Conforme o professor de Física da unidade educacional, Gilson Teixeira, os estudantes que participarão da olimpíada nacional alcançaram o índice de mais de 100 metros no lançamento dos foguetes, que são produzidos com garrafas PET e utilizam um combustível feito da mistura de vinagre e de bicarbonato de sódio. Além disso, as equipes constroem também a base para lançamento, que pode ser feita de tubos de PVC, madeira ou ferro.
“Aproximadamente mil estudantes dos dois turnos, matutino e vespertino, participam das atividades hoje, porém somente algumas equipes competem. Alguns já obtiveram índice para participar da Mostra Brasileira de Foguetes. Agora seguimos aperfeiçoando mais o projeto, que avalia todas as situações físicas envolvidas, para ir corrigindo. Aqui está sendo contabilizado o maior alcance dos foguetes na horizontal. Quem conseguir o maior alcance ganha a competição”, explicou Gilson Teixeira.
“Tudo o que está acontecendo aqui já foi visto na sala de aula. A parte teórica já foi repassada. No lançamento oblíquo, existe uma equação física com parâmetros como velocidade inicial e ângulo de partida, que têm essa dependência direta com alcance horizontal e com a altura alcançada pelo foguete após o lançamento. Este tipo de experiência endossa a literatura, a teoria existente, porque tudo tem sentido”, reforçou o professor.
Conceitos da Física, da Astronomia e de outras ciências ganham vida neste tipo de experiência e mobilizam alunos como Maycon Vieira, de 17 anos. Estudante do terceiro ano, ele pretende ser engenheiro civil e participou de uma equipe com cerca de dez estudantes para construção de um dos foguetes da competição deste sábado.“Esse experimento vai me ajudar muito nos cálculos de área e de distância. Pra quem gosta de mexer com Química, com Física, conhecer sobre medida de tempo, de distância, entre outras, é uma boa experiência”, enfatizou.
“Não gostava muito de Matemática, mas, depois desse projeto, mudei de opinião, porque podemos ver o sentido que tem estudar essa ciência. Aquela pessoa que classifica Matemática, Física e Química como disciplinas chatas, depois da prática, passa a considerá-las legais”, disse o também estudante do terceiro ano, Jean Pio, que tem 17 anos e pretende se formar em Química.
“É uma experiência que vou levar para a vida”, enfatizou Laiza Pires, de 15 anos, estudante do primeiro ano do Ensino Médio, que pretende ser engenheira civil. “Foi incrível. Montei o foguete com outras pessoas e acabou que a sala toda cooperou”, afirmou a aluna. Ela trabalhou cerca de um mês com sua equipe para efetivação da construção e do lançamento do artefato.
SECOM-RR
Foto: Neto Figueredo