Depois de alguns anos fechados, os cinco parques aquáticos da Capital serão reativados para atender a população. Os trabalhos de recuperação começaram nesta manhã (28) pelo parque aquático do bairro Caçari, zona Norte, por meio do Projeto Hebreus 13.3, fruto de um Termo de Cooperação entre a Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) e a Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania). O trabalho conta ainda com o apoio da Caer (Companhia de Águas e Esgotos) e do Corpo de Bombeiros.
Os serviços na parte hidráulica, elétrica, de capina, limpeza e pintura serão realizados por dez reeducando da Cadeia Pública. Com o projeto, os participantes serão beneficiados com a Lei de Execução Penal nº 7.210 de 1984, que prevê a troca de parte do tempo da pena por estudo ou trabalho. Três dias de trabalho são equivalentes à remição de um dia de pena.
“A parceria traz benefícios para todos os envolvidos. Para a população que passa a utilizar esses espaços de lazer que há anos estavam abandonados, e os reeducandos que terão a oportunidade de ressocialização, além de garantir um dia de pena a menos a cada três de trabalho”, disse o secretário Jules Rimet.
A previsão é que no mês de abril o parque do Caçari já esteja aberto ao público. O segundo da lista é o que fica localizado no bairro Caranã, zona Oeste.
“Depois de recuperado, vamos firmar parceria com a Federação de Desportos Aquáticos de Roraima para utilizar o espaço com aulas de natação e outras atividades para que se torne um ambiente acolhedor para a população”, adiantou Rimet.
O investimento pela Seed custou um pouco mais de R$ 1 mil, com a compra de alguns utensílios e materiais de EPI (Equipamento de Proteção Individual).
O Corpo de Bombeiros auxiliará nas manutenções e a Caer vai fazer o diagnóstico da parte elétrica e auxiliar no tratamento da água das piscinas. “É mais um resgate que o governo do Estado está fazendo em relação ao lazer, além também de ser uma forma de dar oportunidade aos reeducandos”, disse o presidente da companhia, Daque Esbell.
REEDUCANDOS – O diretor da Cadeia Pública de Boa Vista, André Fraga, frisou que nessa etapa foram disponibilizados 10 reeducandos do regime semi-aberto e fechado, mas o quantitativo pode aumentar conforme a necessidade. “Alguns são do regime fechado, porém apresentam boa conduta e não tem histórico de fuga. O trabalho e a educação é a forma mais eficiente para que a gente possa ressocializá-los”, ressaltou.
Para o reeducando Wellington Pereira, de 42 anos, o trabalho é de colaboração. “Além da remição da pena, vamos colaborar na limpeza de um espaço de lazer que será usado pela população”, comentou. O projeto Hebreus 13.3, faz referência a passagem bíblica do Novo Testamento que diz: Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles”.