Na ocasião, ocorre o lançamento do catálogo com fotos das principais obras e pinturas do artista.
Estar diante das obras de Augusto Cardoso é mergulhar em um universo único. Para proporcionar essa sensação ao público, o Governo de Roraima realiza a exposição “Cardoso” (in memorian), nesta quinta-feira, dia 12, no Salão Nobre do Palácio Senador Hélio Campos.
Na ocasião, ocorre o lançamento do catálogo com fotos das principais obras e pinturas do artista.
“É um artista roraimense, um autodidata, um perfeccionista por sua profissão, que contribuiu demais para a cultura de Roraima. Ele tem uma produção ao Governo de Roraima. Tive o prazer de trabalhar com o Cardoso desde 1985, então é uma pessoa que teve sua vida toda dedicada à produção da arte e a se doar. Seu trabalho no serviço público foi um trabalho de doação. Meu parceiro no Conselho Estadual de Cultura, foi conselheiro ainda na época do território. Então o Cardoso, tem uma trajetória muito importante na defesa de políticas públicas e na valorização da cultura do nosso estado” explicou Helena Fioretti, que faz parte da curadoria da mostra e é membro do Conselho de Cultura do Estado de Roraima.
A exposição tem curadoria também de Edicilda Cardoso, Enos Almeida, Jorge Augusto Cardoso, Marcos Borges, Nenzinho Soares e Shigeaki Ueki da Paixão.
Edicilda Cardoso, viúva do artista, disse que o momento é especial para relembrar a trajetória do Cardoso. A exposição conta também uma de suas obras inacabadas.
“Nós já tínhamos a ideia de realizar essa exposição, mas devido à pandemia, ela só pôde ser realizada agora. Nós tivemos muito apoio e auxílio do Governo de Roraima e o único problema que enfrentamos é o fato de ele não estar mais aqui conosco”, disse, emocionada.
O governador Antonio Denarium elogiou a exposição Cardoso e disse que é uma homenagem do Governo do Estado ao artista, sua família e obras, que são muito importantes para a cultura do nosso Estado. “Um artista roraimense que sempre retratou as belezas de nosso Estado em suas obras e levou o nome de Roraima para o mundo”, enfatizou.
O pintor de obras-primas nasceu no dia 12 de agosto de 1956 e faleceu no dia 22 de Julho de 2020, vítima de Covid-19. Suas peças são reconhecidas internacionalmente, sendo expostas em museus e embaixadas no Brasil, Venezuela, Itália, Argentina, Holanda, Japão, França, Bélgica, Uruguai, Canadá, Áustria e Estados Unidos. E uma de suas obras faz parte do acervo do Museu do Papa, no Vaticano, que é a tela de São Francisco, em uma paisagem regional.
“A ideia é realizar uma imersão nas obras do artista, que conta sua trajetória e mostra os temas que ele gostava de abordar. São mais de 30 obras que fazem parte dessa mostra e estão espalhadas no hall do Palácio do Governo até o Salão Nobre. Além das obras, peças, pincéis dão a sensação da magnitude do artista. A exposição também conta com um catalógo que guia as obras e conta sua história”, explicou o secretário Sherisson Oliveira.
Augusto Cardoso
Na arte de Cardoso é possível observar críticas sociais inseridas em um contexto regional, a Amazônia, as etnias de Roraima, as paisagens, fauna e flora tipicamente nortista.
Autodidata, começou a pintar ainda na adolescência, aos 11 anos, por influência de seu pai. Suas técnicas eram óleo sobre tela, acrílica, aquarela, crayon, carvão nanquim, sanguínea e ilustração.
Considerado um artista surrealista, possui em seu acervo mais de 1.600 obras, sendo que 600 delas foram adquiridas por embaixadas estrangeiras.
SECOM RORAIMA