A polícia islandesa advertiu os turistas que pensem em se aproximarem do vulcão perto de Grindavík, que entrou em erupção na segunda-feira à noite, devem “pensar quatro vezes” antes de o fazerem, após um montanhista ter-se perdido nas montanhas e teve de ser resgatado de helicóptero.
Após a erupção na madrugada de segunda para terça-feira, que se sucedeu a várias semanas de intensa atividade sísmica, uma boa vista da lava e da cratera tem sido muito procurado por entusiastas de vulcões – sendo que há bastantes na Islândia, por ser o país com maior atividade sísmica e vulcânica no Atlântico Norte.
No entanto, a rota para o local implica andar a pé entre 18 a 20 quilómetros. A polícia partilhou, citada pelo The Guardian, informações que “esperemos forcem as pessoas a pensar quatro vezes antes de começarem”.
“Os primeiros 500 metros são um caminho decente, mas depois, lava dura instala-se e é difícil de atravessar. Deve-se assumir que são precisas entre quatro a cinco horas para um montanhista experiente, isto não é para qualquer um”, afirmaram as autoridades, considerando esta forma de turismo “extremamente desafiante”.
Na terça-feira, um homem teve de se resgatado pela polícia após ter ficado “exausto, frio e em choque a meio caminho da erupção”.
Além disso, as superfícies molhadas devem congelar esta quarta-feira devido ao feroz inverno islandês, pelo que a instabilidade do terreno e a “considerável poluição e incerteza na área” torna a visita ao vulcão perigosa.
Os vulcões na Islândia têm sido visitados recentemente por locais, cientistas e turistas internacionais, aproveitando as muitas erupções e atividade sísmica na península de Reykjanes. A erupção desta semana, considerada única pelos especialistas pela forma como a lava tem-se espalhado pela fissura, além da forma como a intensidade da luz tem pintado os céus da região de laranja brilhante, torna a visita ainda mais apetecível, embora difícil.
Segundo a autoridade meteorológica da Islândia, esta quarta-feira, o poder, a deformação e atividade sísmica começaram a decrescer. Imagens de videovigilância a monitorizar o vulcão percebeu a atividade parte de duas crateras.
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