A gerente do Núcleo Estadual de Controle da Malária explica que é fundamental eliminar criadouros

A luta contra a malária é uma das mais importantes e reforçadas dentro da saúde pública roraimense. Como forma de intensificar esse combate, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), reforça a importância da prevenção à doença, destacando no Dia Internacional de Combate à Malária, 25, o papel de cada cidadão nas ações de combate.
O vetor para transmissão da malária é o mosquito anopheles, conhecido como ‘mosquito prego’, abundante na selva amazônica. Devido a sua proliferação na região Norte do Brasil, a doença é considerada uma endemia em Roraima, combatida constantemente.
No 1º trimestre deste ano, foram notificados 3.962 casos de malária em todo o Estado, com 1.095 em Alto Alegre. Boa Vista contabilizou 104 casos. No mesmo período de 2019, foram 5.187, com 940 só em Rorainópolis. Boa Vista contabilizou 70 casos neste período.
Devido à gravidade do problema, o Governo de Roraima já trabalha há mais de um ano em estratégias para que os diagnósticos para malária sejam mais rápidos, acessíveis e oportunos.
No ano passado, por exemplo, o PACS (Pronto Atendimento Cosme e Silva), no bairro Pintolândia, ampliou o seu atendimento para diagnóstico rápido de malária, e está prestando consultas 24 horas por dia, sete dias por semana, para casos suspeitos da doença.
A gerente do NCM (Núcleo de Controle da Malária), Ducineia Barros, explica que, mesmo com medidas que facilitem o translado de pacientes para unidades de saúde, a população precisa estar ciente de como lidar com o mosquito anopheles, principalmente em áreas rurais.
“Usamos muitos recursos na aquisição de medicamentos para pacientes, no controle e estudo de vetor e na capacitação de profissionais. Por isso, precisamos que a população colabore conosco. Se você precisar se deslocar para a área rural, leve calças compridas, camisas de mangas compridas, repelente e um mosquiteiro”, afirmou.
Normalmente, agentes de saúde praticam visitas em residências, principalmente de área rural, para aplicar inseticidas distribuídos pela Sesau contra o mosquito, e prestar orientações a moradores sobre as medidas preventivas contra o vetor.
Devido à atual pandemia no novo coronavírus (Covid-19) exigir o distanciamento social, os municípios foram autorizados pela Sesau a praticar borrifação nas regiões mais críticas com auxílio de nebulizador.
Mesmo assim, os agentes de saúde ainda podem continuar seus trabalhos em residências, mas devendo ter o cuidado de manter o distanciamento entre eles e os moradores, e usar máscaras.
Ducineia também explica que é importante redobrar a atenção quanto aos sintomas mais comuns da doença, como febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrio e falta de apetite.
“Ao sentir esses sintomas, um posto médico deve ser procurado imediatamente. Após exame, medicação gratuita é dada ao paciente, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde e distribuída pela Sesau. A medicação precisa ser tomada de forma completa, dentre sete a 14 dias, dependendo da gravidade da doença”, informou.
Mais informações a respeito da malária, com prevenção, tratamentos e sintomas, podem ser acessadas por meio do link: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria.
Fonte: Secom