O presidente Mauricélio Fernandes garantiu que irá conversar com a Prefeitura de Boa Vista para dar prosseguimento ao processo, que está parado
Motoristas de frete procuraram a Câmara Municipal de Boa Vista nesta quinta-feira, 8, para pedir ajuda no processo de solicitação coletiva de licença de um trecho do estacionamento externo da Feira do Produtor, na Avenida Glaycon de Paiva, no bairro São Vicente.A reunião com os motoristas de frete contou com o presidente Mauricélio Fernandes (MDB), que foi procurado por eles. O vereador também convidou outros parlamentares para o encontro, como Albuquerque (PC do B), Idazio da Perfil (PP), Rondinele Tambasa (Podemos) e Vavá do Thianguá (PSD).
No momento, os “freteiros” dividem a área externa da feira com os taxistas, os quais têm um trecho delimitado por placas de táxi e faixas. A regularização que os motoristas – que trabalham há dez anos no local – solicitam é que esta delimitação seja estendida à área onde ficam, com placas e faixas que indicam que o espaço é exclusivo a eles.
Os freteiros mostraram uma cópia do protocolo que fizeram em fevereiro de 2017, na Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur), solicitando a licença. Um projeto feito por um engenheiro indicado pelo órgão foi elaborado para delimitar a área, que deve ser ocupada por até cinco carros.Segundo eles, o desenho foi apresentado na Emhur, mas o processo não andou. “Foi por isso que a gente procurou os vereadores, porque a gente fez tudo direitinho como eles pediram, só que o processo parou”, relatou o freteiro Reginaldo Régis de Melo.
Ao saber da situação, Mauricélio Fernandes garantiu que irá conversar com a prefeita Teresa Surita (MDB) para resolver o imbróglio. “Tenho certeza que a prefeita será sensível ao nosso pedido e irá permitir a delimitação do espaço, para que eles trabalhem regularizados e continuem a fazer este trabalho, que é importante para os feirantes, para a população, e, claro, para eles mesmo, que sustentam suas famílias deste serviço”, destacou o presidente.
A disponibilidade da Câmara confortou o freteiro Paulo da Silva. “Agora, eu sei que isso vai ser resolvido, com o apoio de todos os vereadores, porque eles estão trabalhando e olhando para o povo”, declarou.Os freteiros trabalham na localidade de segunda a sábado, das 6h às 18 horas, e aos domingos, das 6h às 12 horas. Cada motorista faz, em média, três fretes por dia. O serviço custa de R$ 30 a R$ 50, dependendo do que é transportado, e da distância a se deslocar.
“Sobrevivemos só do frete, sustentamos a família deste serviço. É daqui que nós lutamos para pagar as contas, e manter o nosso carro, que precisa de manutenção”, disse o freteiro Samuel Monteiro dos Santos.Feirante há dez anos na Feira do Produtor, Edmundo Rodrigues da Silva depende do serviço dos freteiros. “Dependemos muito deles, porque eles trazem muita mercadoria, e quando precisamos alugar um carro e eles já estão aqui”, disse.
Fotos: Secom CMBV
Texto: José Lucas/Secom CMBV