Ao todo, 19 instituições em Boa Vista e mais quatro em municípios fronteiriços e portuário (Pacaraima, Bonfim, Rorainópolis e Caracaraí), receberão capacitações
A equipe técnica do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Mulheres Vítimas de Tráfico de Pessoas, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED), desenvolveu uma programação para um ano de atividades em escolas públicas estaduais na Capital e no interior do Estado.
Iniciado em junho deste ano, o projeto ‘Educar é Prevenir’, da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima, começou as atividades com alunos, professores, equipe gestora, pedagógica e de apoio das escolas Maria dos Prazeres Mota, no bairro Santa Tereza, e Camilo Dias, no bairro Liberdade.
Ao todo, 19 instituições em Boa Vista e mais quatro em municípios fronteiriços e portuário (Pacaraima, Bonfim, Rorainópolis e Caracaraí), receberão capacitações em um período de uma semana sobre os perigos do tráfico humano e como identificar se esse crime está presente nas escolas, acontece ao redor ou próximo aos estudantes e servidores.
O ‘Educar é Prevenir’ tem um roteiro pré-estabelecido entre as instituições. Na segunda-feira, a escola recebe o kit de trabalho composto por banners, informativos e as caixas-jaulas. Na terça-feira, a equipe do Núcleo da Assembleia capacita professores, gestores, servidores pedagógicos e de apoio. Na quarta e quinta-feira, será a vez dos docentes trabalharem o tema na sala de aula. Na sexta-feira se encerra com a realização de uma roda de conversa e a participação de membros da Rede de Proteção composto por órgãos do Judiciário, de Movimentos Sociais, Conselhos e de Segurança.
Em agosto, serão atendidas as escolas estaduais Ayrton Senna, América Sarmento e Aldébaro José Alcântara, em Bonfim, a começar a partir da segunda semana de cada mês. Segundo a coordenadora do Núcleo, Socorro Santos, no caso das unidades de ensino localizadas no interior, a capacitação será somente em dois dias para toda a escola, com apoio da Rede. “Ao invés de levarmos a Rede daqui para lá, a gente utiliza a Rede que está lá estabelecida”, disse ao dar como exemplo as políticas públicas, organizações governamentais e não governamentais e de segurança estabelecidas em cada cidade.
Socorro Santos disse ainda que os resultados dos primeiros trabalhos começaram a aparecer. “Mais denúncias, procuraram saber onde a comunidade escolar pode fazer as suas denúncias, telefonando pra gente falando sobre a importância do que foi o projeto pra escola e dando um retorno pra gente que é o que a gente gostaria desde o início, trabalhar com a prevenção”, revelou.
Yasmin Guedes/SupCom ALERR
Fotos: SupCom ALERR