Funcionários da empresa União, Comércio e Serviços, terceirizada que faz limpeza na Unidade Mista Irmã Camila, no município de Iracema, região Sul de Roraima, protestaram nesta terça-feira (15) pelo pagamento de salários. Segundo eles, a empresa não credita os valores há quatro meses. No começo desta semana, empregados da mesma firma em Boa Vista e Caroebe relataram o mesmo problema.
Diene da Silva, uma das mais antigas funcionárias da empresa, contou à reportagem que a situação em casa está difícil. O marido é deficiente visual e precisa de um colírio específico para o tratamento.
“Não recebemos há quatro meses. De onde vou tirar dinheiro para comprar, se a empresa não paga?”, lamentou.
O serviço de limpeza da unidade está parado há mais de duas semanas e o lixo se acumula pelos corredores. Somente as áreas de urgência, sala de observação e curativo e laboratório estão sendo limpas.
“As atividades serão retomadas quando os funcionários forem pagos”, informou Diene.
Os funcionários entraram em contato com a empresa diversas vezes, mas não tiveram uma ação definitiva. No total, 17 servidores prestam serviço à unidade.
O prefeito da cidade, Jairo Sousa (PMDB), confirmou que a gestão da unidade é compartilhada, mas cabe ao governo de Roraima resolver situações como esta.
“Somos responsáveis pela administração do local. Eu mesmo já conversei com o dono da empresa e ele me disse que falta ser repassado o recurso por parte do Estado para que os salários sejam pagos. Infelizmente, como gestão municipal, não podemos fazer muito”, explicou.
Falta de repasse – Por telefone, o representante da empresa, José Ribamar, afirmou que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) não repassou o recurso referente ao mês de maio. Contudo, assegurou que a União pagaria os salários até o fim desta terça-feira.
O que diz o governo – Em nota, a Sesau esclareceu que o pagamento dos funcionários terceirizados que fazem a limpeza da Unidade Mista Irmã Camila, em Iracema, deve ser garantido pela empresa contratada ainda que haja atraso nos repasses por até 90 dias, o que não é o caso.
Foto: Fábio Calilo