Teste com nove marcas mostrou a presença do material em 93% das 250 garrafas avaliadas; ainda não se sabe se pode fazer mal à saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai iniciar uma análise sobre os potenciais riscos da presença de plástico na água que bebemos.Ela levará em conta as últimas pesquisas sobre a disseminação e o impacto dos chamados microplásticos – partículas que são pequenas o bastante para serem ingeridas.
Não há evidências de que microplásticos podem afetar a saúde humana, mas a OMS quer avaliar o quanto realmente se sabe sobre isso.
Bruce Gordon, coordenador do trabalho global da OMS em água e saneamento, disse à BBC que a questão principal é se o fato de ingerir partículas de plástico ao longo da vida poderia ter algum efeito. “O público está obviamente preocupado se isso vai deixá-los doentes no curto prazo e no longo prazo”, afirmou.
“Quando pensamos sobre a composição do plástico, se pode haver toxinas nele, em que medida elas seriam nocivas e o que realmente as partículas podem fazer no corpo, não há uma pesquisa para nos responder”, explicou.
“Geralmente temos um limite ‘seguro’, mas para definir isso precisamos entender se essas coisas são perigosas e em quais concentrações são perigosas.”