O Mercado Municipal São Francisco, no Centro de Boa Vista, será reformado no primeiro semestre do ano que vem. A Prefeitura de Boa Vista abriu processo de licitação para que as obras comecem entre maio e junho. Os feirantes estão cadastrados no programa Braços Abertos e serão realocados para outros espaços quando a reforma começar.
Há mais de dez anos o local demanda uma revitalização. Por isso a Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo contará com R$ 4.736.842,10 para o custo total da obra, sendo R$ 4.500.000,00 de repasse do Ministério da Defesa e R$ 236.842,10 de contrapartida a Prefeitura de Boa Vista. Tudo isso para construir um mezanino para a praça de alimentação, readequar o layout dos 65 boxes, ampliar o espaço dos corredores e a iluminação e ventilação naturais dentro de toda a feira.
O mercado passará de uma área de 1.892,79 m² para 2.640,94 m². Atualmente, 750 pessoas frequentam o local todos os dias, seja tanto para fazer refeições quanto para comprar produtos agrícolas. (N.W)
Feirantes e usuários têm sugestões para a reforma do Mercado Municipal
Com a tinta das paredes descascando, banheiros com portas que não se fecham, pouco espaço para a circulação de pessoas e para as mesas dos restaurantes, o mercado São Francisco tinha a sua reforma esperada pelos feirantes e usuários.
Há 43 anos trabalhando no mercado São Francisco, a feirante Maria do Rosário, conhecida como “Maria Verdureira”, animou-se ao saber da reforma, há muito esperada pelos vendedores. Desenhando em um papel, ela sugeriu que a Prefeitura fizesse um andar de cima para os restaurantes e deixasse os feirantes embaixo, já que estes carregam mercadorias pesadas. A disposição seria em formato de círculo, o que facilitaria o deslocamento. “Só me preocupo com o local onde vamos ficar enquanto isso, porque aqui todo mundo compra à prestação, e não podemos ficar parados sem trabalhar”, disse.
A feirante Geocília de Jesus está há 15 anos no mercado. Sem muitas expectativas quanto ao que será feito na reforma, ela sugeriu melhorias nos banheiros e portas. “Já fizemos uma vaquinha aqui para consertar algumas portas que haviam caído, pois aqui está tudo quebrado”, comentou.
O auxiliar de serviços gerais Carlos José de Souza, que lanchava em uma mesa, já precisou desentupir um cano a pedido dos próprios feirantes. Ele vai todos os dias ao mercado para almoçar. “Com certeza aqui está precisando de uma reforma, pois está deixando a desejar. Se a Prefeitura fizer pelo menos 70% do que prometer, já ficará bem melhor”, espera.
O advogado Alex Coelho, que frequenta a feira todo final de semana, sugere melhorias na infraestrutura, como banheiros e um acesso para deficientes físicos. “Esta feira é tradicional, atende mais de 10 bairros, então tem que ser conservada. É uma melhoria tanto para quem trabalha quanto para quem consome”, opinou. (N.W)