Outra mulher que tem mioma aguarda operação; estado das duas é grave.
Sesau afirma que realização de cirurgias são realizadas normalmente.
e médico constatou doença em estado avançado
(Foto: Arquivo pessoal/Francimar Silva)
O presidente da Associação dos moradores do bairro Jardim Tropical, na zona Oete de Boa Vista, Francimar Silva, procurou o G1neste sábado (4) para denunciar que na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré e no Hospital Geral de Roraima (HGR) não estão sendo realizadas cirurgias.
Devido a isso, conforme ele, duas mulheres “sofrem por causa da espera”. Ele diz ser responsável por acompanhar as pacientes nas unidades.
Segundo Silva, uma mordora de 33 anos tem pedras nos rins, na vesícula e gordura no fígado. Ela se consultou no início de maio e desde lá sofre com constantes hemorragias e não consegue agendar o procedimento cirúrgico.
“Ela não aguenta mais de dor. Fomos ao HGR para marcar e disseram que só podiam fazer isso para junho do próximo ano. Ela não pode esperar, porque o médico disse que é de urgência essa operação. Se esperar para 2017, ela morre”, explica.
Ainda segundo o presidente, outra moradora de 30 anos tem um mioma no ovário que precisa ser retirado, também é caráter de urgência. A mulher, conforme Silva, sofre com consantes sangramentos.
“Ela é outra que estou sempre indo na casa para ajudar a conter a hemorragia”, disse, acrescentando que o médico cirurgião pediu que os procedimentos fossem realizados o mais rápido possível.
“Quando chegamos à maternidade, tinha muita gente no corredor. Ao irmos agendar a operação, a direção alegou que não havia material para realização e que não estavam fazendo agendamentos”, conta Silva, acrescentanto que a paciente terá o útero retirado por causa do cisto.
Procedimentos estão normais, diz Sesau
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informa que as cirurgias tanto no HGR, quanto na maternidade estão sendo realizadas normalmente.
Sobre o caso da moradora de 33 anos, “não consta no setor de agendamentos a presença da paciente e que é necessário que ela procure o setor responsável para marcar o procedimento”.
No caso da paciente com mioma, a nota cita que a fila para cirurgias não é única.
“O mapa é composto por vários médicos e o tempo varia de acordo com o profissional. No momento do agendamento, é dada a opção de operar mais cedo com outro médico. Por isso, a cirurgia pode ocorrer ainda neste mês ou nos meses subsequentes, a depender de cada caso”, informa a secretaria.
Sobre o abastecimento de materiais, a Sesau diz que adquiriu materiais e medicamentos hospitalares para a realização de cirurgias que duram seis meses e que já estão sendo feitas novas licitações.
FONTE: G1/GLOBO